De há algum tempo a esta parte o
factor trabalho passou a ser desprezado por quem a ele recorre, e pelos
governantes deste país.
Começando pelos governantes,
basta recordar os nossos, que não têm vergonha em afirmar que os custos do trabalho
ainda pesam muito para as empresas, ainda que tenhamos dos salários mais baixos
da Europa, impostos sobre os salários ao nível dos praticados nos países mais
desenvolvidos, isto logo a seguir a ter aliviado o IMI das empresas, sem mexer
no IRS dos trabalhadores.
Falando dos empregadores, temos
uma grande quantidade deles que se aproveitam do desemprego crescente para
oferecer salários cada vez mais baixos, muitos aproveitam todos os incentivos
governamentais para contratar a prazo, descartando-se destes trabalhadores logo
que acabam as ajudas ou benefícios fiscais, voltando a contratar outros ao
abrigo das mesmas benesses.
Note-se que estes governantes e
empresários são os mesmos que há pouco tempo falavam duma cultura de mérito, da
falta de mão-de-obra qualificada e de falta de produtividade. Não há um só que
consiga demonstrar que este tipo de política de recursos humanos é a mais
eficaz para incrementar a produtividade e o aumento da qualidade do que é
produzido, mas são estes empresários e gestores, que ganham chorudos prémios de
gestão, quem sabe se do tipo dos conseguidos por outros Bavas deste mundo…
Se a minha avó fosse viva, diria:"Se Deus não nos acode ainda chega o dia em que terão que pagar para trabalhar".
ResponderEliminarUm abraço
Passos Coelho está apenas do lado dos patrões e contra os que trabalham, desde o princípio, só não vê quem não quer.
ResponderEliminarBjo da Sílvia
a coisa começou a sério quando começaram a chamar "colaboradores" a quem trabalha...
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