Os nossos governantes não
conseguem perceber o que é a liberdade de pensamento, nem tão pouco respeitam
os direitos constitucionais, nomeadamente o direito à greve.
As reacções por parte dos
partidos da coligação têm sido caricatas, desde logo por parte do CDS que
afirma que a greve da TAP é política, como se a decisão contra a qual lutam os
trabalhadores, não fosse ela mesma uma decisão política.
O 1º ministro já não foi pelo
mesmo caminho, mas veio a público dizer que “não é nenhuma greve na TAP que irá
colocar em causa” a privatização. Curioso que venha agora com este argumento e
não com o da impossibilidade, devido às normas comunitárias, de injectar
capital na empresa.
Já agora convém recordar que a
requisição civil para o pessoal da TAP é de natureza duvidosa se baseada no
direito à livre circulação das pessoas, porque existem muitas companhias
concorrentes no mercado dos transportes aéreos, mas já começamos a ficar
habituados ao argumento do “interesse público”, que o governo se dispensa de
explicar.
No caso extremo da requisição
civil, o Passos privatizador invoca o direito de colocar os trabalhadores da
TAP sob a tutela disciplinar do Estado, o que não deixa de ser uma idiossincrasia.
Para Passos tal como para o reformado mumificado que está em Belém , Democracia é algo que se esgota nas eleições e em que é dada carta branca a quem as vencer para instaurar uma ditadura de quatro anos !!
ResponderEliminarBom serão