Na revolução de 1640, a 1ª vítima
foi o traidor Miguel de Vasconcelos, o secretário de Estado da duquesa de
Mântua, que estava ao serviço de Espanha.
“Depois de entrarem no palácio,
os conspiradores procuraram Miguel de Vasconcelos, mas dele nem sinal. E por
mais voltas que dessem, não encontravam Miguel de Vasconcelos. Já tinham
percorrido os salões, os gabinetes de trabalho, os aposentos do ministro, e
nada.
Ora acontece que Miguel de
Vasconcelos, quando se apercebeu que não podia fugir, escondeu-se num armário e
fechou-se lá dentro, com uma arma. O que finalmente o denunciou foi o tamanho
do armário, O fugitivo, ao tentar mudar de posição, remexeu-se lá dentro, o que
provocou uma restolhada de papéis. Foi quanto bastou para os conspiradores rebentarem
a porta e o crivarem de balas. Depois atiraram-no pela janela fora.
O corpo caiu no meio de uma
multidão enfurecida que largou sobre ele todo o seu ódio, cometendo verdadeiras
atrocidades, sendo deixado no local da queda para ser lambido pelos cães,
símbolo da mais pura profanação.”
Esta descrição da nossa História
mostra bem como podem ser terríveis as consequências duma revolta, mesmo em
Portugal, que é considerado um país de brandos costumes.
Texto DAQUI
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Fotografia
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Contentava-me em levar os gajos até ao avião com destino ao Polo Sul...
ResponderEliminarBjos da Sílvia