LÁGRIMA DE PRETA
Encontrei uma preta
que estava a chorar,
pedi-lhe uma lágrima
para analisar.
Recolhi a lágrima
com todo o cuidado
num tubo de ensaio
bem esterlizado.
Olhei-a de um lado,
do outro e de frente:
tinha um ar de gota
muito transparente.
Mandei vir os ácidos,
as bases e os sais,
as drogas usadas
em casos que tais.
Ensaiei a frio,
experimentei ao lume,
de todas as vezes
deu-me o que é costume:
nem sinais de negro
nem vestígios de ógio.
Água (quase tudo)
e cloreto de sódio.
António Gedeão
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Foto em Cinzento
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Humor e Apitadelas
bela poesia!
ResponderEliminartem a mensagem certa!!!!
boa semana!!!
Guardião,
ResponderEliminarEste poema é uma lição.
Um abraço
Uma lição em verso e um mago dos apitos!
ResponderEliminarLol
AnarKa
Partilho do mesmo sentir...a POESIA em jeito de PROSA ou vice-versa é algo mágico!
ResponderEliminarGosto de António Gedeão.
Obrigado pela partilha.
Sou apaixonada por fotografia:
FOTOGRAFAR É PARA MIM, TAL COMO A COMIDA, UMA NECESSIDADE.POR ISSO, VOU CAPTANDO IMAGENS DOS LOCAIS POR ONDE PASSO.UNS MAIS BELOS QUE OUTROS, MAS TODOS DIGNOS DE UM REGISTO.
Neste momento está patente ao público uma exposição minha, com fotografias de uma viagem à Índia.
Boa semana.
Belíssima escolha do poema assim como da estonteante fotografia do guarda-chuva abandonado!
ResponderEliminarUm dia destes coloquei POEMA DO HOMEM NASCIDO, porque aprecio também muito Rómulo de Carvalho.
ResponderEliminarUma boa noite.