A lamentável catástrofe de D. Inês de Castro
Da triste, bela Inês, inda os clamores
Andas, Eco chorosa, repetindo;
Inda aos piedosos Céus andas pedindo
Justiça contra os ímpios matadores;
Ouvem-se inda na Fonte dos Amores
De quando em quando as náiades carpindo;
E o Mondego, no caso reflectindo,
Rompe irado a barreira, alaga as flores:
Inda altos hinos o universo entoa
A Pedro, que da morte formosura
Convosco, Amores, ao sepulcro voa:
Milagre da beleza e da ternura!
Abre, desce, olha, geme, abraça e c'roa
A malfadada Inês na sepultura.
Bocage
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Foto - Cabecinha Pensadora
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Humor Cáustico
Uma Inês algo feiinha para a poesia do Bocage. A tremideira da justiça é mais uma queda para o lado dos fortes, mas isso não se pode dizer.
ResponderEliminarLol
AnarKa
Foi bom encontrar Manuel Maria, embora não no seu melhor...
ResponderEliminarBom fim de semana.
Guardião:
ResponderEliminarTenho andado muito ocupada e com pouco tempo para visitar os amigos. Foi bom passar aqui para te dar um beijo e rever Barbosa do Bocage.
Beijo
Caro Guardião,
ResponderEliminarPara fazer uma pausa e digerir os últimos (tantos) acontecimentos, foi bom encontrar a Inês de Castro pela mão do Bocage.
Sempre se fica a ganhar, meu caro.
Um bom fim de semana
Um abraço
Caro guardião, cheguei tarde.
ResponderEliminarFazia tanto tempo não ia ao cinema...
O serenar antes do descanso desejado, obtive-o nestes versos de Manuel Maria do Bocage a quem o infortúnio de Inês e de Pedro por certo impressionaram.
A mim também impressiona. Muito.
O reinado de Pedro é necessariamente marcado por este amor que a vida cruelmente lhe roubou .
E o que mudou desde então : só os poetas falam das vozes inocentes silenciadas injustamente sem defesa sob a aparência da salvaguarda dos interesse de uma Nação desgovernada.
Um beijinho amigo e saudoso.
Maria
Ola Guardião!!!
ResponderEliminarVim lhe dizer que tenho um prêmio para você no meu blog...
Indiquei seu blog para o premio “Blog Dorado”.
Um ótimo domingo dá um pulinho lá.
Beijos
Ângela