O que se passa na gestão dos recursos humanos da função pública é um perfeito disparate, em que a única lógica conhecida é a dos cortes cegos no número de efectivos sem a mínima preocupação visível com o funcionamento dos serviços.
O meu comentário não será muito popular, talvez seja mesmo politicamente incorrecto, mas absolutamente real. Para dar um exemplo muito simples, o serviço de onde saí para a reforma, perdeu todos os funcionários do meu sector. O resultado é que com as limitações nas admissões os lugares não foram ocupados e as aquisições de serviços a privados, foram no ano passado 7 vezes mais onerosas do que os vencimentos anuais dos 4 funcionários que existiam nos quadros. Mudou a rubrica dos gastos, mas esses foram muito maiores, e contratam-se hoje serviços a empresas que intervêm na mesma área e apresentam trabalhos de particulares que depois analisam.
Alguns podem perguntar porque é que eu e os meus colegas fomos para a reforma, e direi que todos tínhamos mais de 36 anos de serviço e idade suficiente para a requerer, mas nem foi isso que pesou mais na nossa decisão. Na realidade o problema prendia-se com as chefias, nomeadas por confiança política mas absolutamente incompetentes e incapazes e sem qualquer competência técnica, que utilizava as classificações de serviço para impedir qualquer progressão a quem trabalhava.
Acreditem ou não, essas chefias foram promovidas, já se afiambraram com uns prémios, apesar do aumento de custos e da promiscuidade entre interesses públicos e privados que se verifica. Será que é por isso que só em seis meses se aposentaram 11.610 funcionários?
Meu amigo,
ResponderEliminarQue música linda !
Quanto aos recursos ... já nada nos vale...
Beijinhos saudosos e amigos
Maria
Um governo dito socialista para quem os serviços públicos significam despesa em vez de investimento no bem estar das populações, diz tudo. Os que comem à gamela são escolhidos pela fidelidade e amiguismo, nunca por competência e acção, porque desses têm eles medo, o que se compreende (ou não).
ResponderEliminarLol
AnarKa
assino por baixo!
ResponderEliminarSe as empresas privadas cortassem assim às cegas estavam na falência, e mesmo aí há gestores que cometem esse erro, e depois ... é o fim, também para eles.
ResponderEliminarBjos da Sílvia
reforma-se os funcionários e dá-se os serviços a privados...
ResponderEliminarenfim é o que temos e aturamos.
E belos retratos que ali metestes.
Este país está sem CONSERTO e só sabe dar-nos CONCERTOS para nos adormecer cada vez mais...
ResponderEliminarUm abraço
Caro guardião, se por um lado há falta de pessoal em certos serviços, por outro, na minha opinião,continua a haver excedentes em outros. Mas ninguém que se auto reclame gestor pode optar por um quadro desses que explicaste aqui. Isso é de uma total irresponsabilidade. Quanto às chefias, concordo. Há chefias(e não estou a generalizar, atenção)que só o são devido à cunhex.
ResponderEliminarE vai mais uma.
ResponderEliminarÉ que embora com penalização estou contando até Desembro ser mais uma a abandonar a A.P e pelos mesmos motivos que tu.
Caro amigo
ResponderEliminarPoliticamente incorrecto? E depois?
São essas as verdades que precisamos de saber, assim pela voz de quem sabe do que fala.
E os amigos esperam por ti, porque são amigos.
Um abraço
Mas que gestão ??
ResponderEliminarSaudações amigas