terça-feira, agosto 12, 2008

MÁ GESTÃO

O que se passa na gestão dos recursos humanos da função pública é um perfeito disparate, em que a única lógica conhecida é a dos cortes cegos no número de efectivos sem a mínima preocupação visível com o funcionamento dos serviços.

O meu comentário não será muito popular, talvez seja mesmo politicamente incorrecto, mas absolutamente real. Para dar um exemplo muito simples, o serviço de onde saí para a reforma, perdeu todos os funcionários do meu sector. O resultado é que com as limitações nas admissões os lugares não foram ocupados e as aquisições de serviços a privados, foram no ano passado 7 vezes mais onerosas do que os vencimentos anuais dos 4 funcionários que existiam nos quadros. Mudou a rubrica dos gastos, mas esses foram muito maiores, e contratam-se hoje serviços a empresas que intervêm na mesma área e apresentam trabalhos de particulares que depois analisam.

Alguns podem perguntar porque é que eu e os meus colegas fomos para a reforma, e direi que todos tínhamos mais de 36 anos de serviço e idade suficiente para a requerer, mas nem foi isso que pesou mais na nossa decisão. Na realidade o problema prendia-se com as chefias, nomeadas por confiança política mas absolutamente incompetentes e incapazes e sem qualquer competência técnica, que utilizava as classificações de serviço para impedir qualquer progressão a quem trabalhava.

Acreditem ou não, essas chefias foram promovidas, já se afiambraram com uns prémios, apesar do aumento de custos e da promiscuidade entre interesses públicos e privados que se verifica. Será que é por isso que só em seis meses se aposentaram 11.610 funcionários?

Nota: Obviamente continuo a trabalhar por conta própria, e é por causa disso que não consigo postar todos os dias, nem visitar todos os amigos.

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Beleza de Fotografias
Evening, That Seemed To Be Morning by Igor Pavlov

Bronze by Igor Pavlov
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Humor Musical
Leonardo Zaza
Young Sik
Francesca Vendraminelli
Pietro Vanessi

10 comentários:

  1. Meu amigo,

    Que música linda !
    Quanto aos recursos ... já nada nos vale...

    Beijinhos saudosos e amigos

    Maria

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  2. Um governo dito socialista para quem os serviços públicos significam despesa em vez de investimento no bem estar das populações, diz tudo. Os que comem à gamela são escolhidos pela fidelidade e amiguismo, nunca por competência e acção, porque desses têm eles medo, o que se compreende (ou não).
    Lol

    AnarKa

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  3. Se as empresas privadas cortassem assim às cegas estavam na falência, e mesmo aí há gestores que cometem esse erro, e depois ... é o fim, também para eles.
    Bjos da Sílvia

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  4. reforma-se os funcionários e dá-se os serviços a privados...

    enfim é o que temos e aturamos.

    E belos retratos que ali metestes.

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  5. Este país está sem CONSERTO e só sabe dar-nos CONCERTOS para nos adormecer cada vez mais...

    Um abraço

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  6. Caro guardião, se por um lado há falta de pessoal em certos serviços, por outro, na minha opinião,continua a haver excedentes em outros. Mas ninguém que se auto reclame gestor pode optar por um quadro desses que explicaste aqui. Isso é de uma total irresponsabilidade. Quanto às chefias, concordo. Há chefias(e não estou a generalizar, atenção)que só o são devido à cunhex.

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  7. E vai mais uma.
    É que embora com penalização estou contando até Desembro ser mais uma a abandonar a A.P e pelos mesmos motivos que tu.

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  8. Caro amigo

    Politicamente incorrecto? E depois?
    São essas as verdades que precisamos de saber, assim pela voz de quem sabe do que fala.
    E os amigos esperam por ti, porque são amigos.

    Um abraço

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  9. Mas que gestão ??
    Saudações amigas

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