As mãos
Com mãos se faz a paz se faz a guerra.
Com mãos tudo se faz e se desfaz.
Com mãos se faz o poema – e são de terra.
Com mãos se faz a guerra – e são a paz.
Com mãos se rasga o mar. Com mãos se lavra.
Não são de pedras estas casas mas
de mãos.E estão no fruto e na palavra
as mãos que são o canto e são as armas.
E cravam-se no Tempo como farpas
as mãos que vês nas coisas transformadas.
Folhas que vão no vento: verdes harpas.
De mãos é cada flor cada cidade.
Ninguém pode vencer estas espadas:
nas tuas mãos começa a liberdade.
Manuel Alegre, O Canto e as Armas, 1967
Quantos Cartoons se farão mais pró-Tibete? Já perdi a conta.
ResponderEliminarAcho qeu o grande vencedor do Cartoon do ano foi um com essa temática.
Cumprimentos
Um abraço e haja sempre poesia!
ResponderEliminarComeça a Liberdade... Pela qual tanto lutamos...
ResponderEliminarUm Abraço e Bom Fim de Semana
Olá meu querido Amigo, belo poema... linda postagem no seu todo!
ResponderEliminarQuando escreves poesia ela é linda, não faz a menor diferença se foi outrem, quem a pensou e colocou no papel... Mas és tu que a nos dás a ler, Amigo... Gosto muito de ti!
És uma das suaves chamas da fogueira,
Lume que aquece, que deflagra alegria;
És uma das brasas das achas de madeira,
A quem o Amor uniu numa noite fria.
Votos de um belo fim de semana... Muitos beijinhos de carinho,
Fernandinha
Excelente o quadro do Dührer, para um poema em que o velho Manuel Alegre nos deliciava com a sua poesia forte, corajosa e revolucionária.
ResponderEliminarCumps.
Guardião,
ResponderEliminarmeu querido amigo, que coisa tão linda este post !
Tudo está maravilhoso e para completar a música transporta-nos a um céu num tapete voador tecido a rosa ...
Um bom domingo para si.
Um beijinho amigo
Maria
Guardião
ResponderEliminarGostei de rever esse pelo poema de Manuel Alegre. Os teus cartoons estão demais mas gostei particularmente da vaca que pasta no campo de golfe e no assalto em que o ladrão exige os dois quilos de arroz.
Sinais dos tempos. Infelizmente.
Abraço