quinta-feira, dezembro 28, 2006

CRISE DE POPULISMO

Por motivos profissionais não vi o programa Quadratura do Círculo, mas logo pela manhã fui ler o resumo publicado no DN para me actualizar.
Os comentadores, cordatos e bem informados, de quadrantes políticos diferentes e com experiência nestas lides vieram confirmar uma opinião que já tinha, sobre a evolução (?) do discurso político nacional – populismo crescente.
Lendo as referências à recusa de Rui Rio em conceder a tolerância de ponto no dia 26 fiquei abismado com as opiniões dos intervenientes. Jorge Coelho prefere salientar que as regras devem ser iguais para todos, funcionários ou não, já Lobo Xavier e Pacheco Pereira focam o excesso de feriados e tolerâncias para justificar a medida em favor da produtividade.
Começando pelas regras iguais, eu pergunto o que seria se todos, não só os funcionários públicos exigissem que o país estivesse encerrado um mês inteiro no Verão à semelhança da Assembleia da República ou das inúmeras fábricas que o fazem anualmente. Já sei, estou a ser demagógico, há especificidades que explicam as diferenças. Pois…
Já quanto ao excesso de feriados e tolerâncias, é uma falsa questão, os comentadores sabem-no bem, porque na Europa somos dos que trabalhamos mais horas e estamos a meio da tabela do número de feriados e tolerâncias. Só para dar um exemplo, a Espanha tem bastante mais dias de férias e tolerâncias e não me consta que a sua produtividade seja por isso afectada, pelo contrário.
Em Portugal e um pouco por toda a Europa começa a despontar um populismo que parece também começar a afectar algumas pessoas que, com um pé dentro e outro fora dos partidos, nos habituaram a um discurso sério, mesmo sabendo nós que defendem a sua dama (corrente política).



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CURIOSIDADE

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TIMESONLINE

3 comentários:

  1. Todos eles têm de facto um pé na política e as preferências em relação aos pretendentes a líderes, o que não se compreende é que conhecendo que os problemas da produtividade se prendem com a falta de investimento e o mau investimento venham agora dizer que tudo é por culpa dos trabalhadores, dizendo que trabalham pouco. Eles que olhem bem para os seus amigos, políticos e empresários, e depois julguem o que veem.

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  2. É bem conseguido o conteúdo do post, especialmente pelo anúncio que se segue do Castelo do Drácula, bem a propósito da classe política.

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  3. Populistas, não. Ainda não retirados das lidespolitiqueira pois no fundo ainda podem ter de recorrer aos seus préstimos.

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