Em mensagem privada fui informado que um amigo com muitos anos da blogosfera me iria bloquear porque eu me tinha tornado num “direitolas xenófobo”, por ter criticado um advogado representante duma família brasileira cujas filhas gémeas tiveram acesso ao medicamento mais caro do mundo.
Lamento a atitude deste meu amigo, continuo a classificá-lo como tal apesar das diferenças de opinião, e desejo enquadrar a minha crítica ao dito causídico, para esclarecer a minha opinião, que pelos vistos foi encarada como de direita e xenófoba.
Em primeiro lugar o senhor advogado faltou à verdade pois a sua constituinte afirmo claramente, quando devidamente questionada, que tinha recorrido ao “pistolão” (cunha em português), para conseguir os seus intentos. Não condenei o recurso a este expediente uma mãe na defesa da saúde das suas filhas, pois entendo o desespero dos pais, mesmo que utilizando meios menos lícitos.
A minha condenação foi sempre para com quem utilizou a sua posição política, social, ou laboral para tornar este processo tão expedito em contraste com o que acontece normalmente em situações idênticas. Esta opinião é sobre o processo de obtenção de nacionalidade, de marcação de consultas, de obtenção do tratamento e também dos meios auxiliares de locomoção (cadeiras de rodas).
Quanto à qualificação de “xenófobo”, que creio se deva ao facto da origem brasileira das meninas, é lógico que a repudio completamente, e critiquei os pais e o advogado pela utilização desse classificativo, pois é infundado uma vez que existem crianças à espera de alguns meios concedidos a esta meninas há muito tempo, e não são apenas de origem portuguesa mas também de origem brasileira como aliás é público. Esta acusação é completamente descabida vinda do representante daquela família, uma vez que terá recorrido a Portugal para obter este tratamento que, pelos vistos, não teria acesso no Brasil.
O termo “direitolas” não me atinge minimamente, uma vez que não tenho qualquer filiação partidária, mantendo a minha equidistância dos partidos, sendo livre para os criticar sempre que ache que as suas acções o merecem.
Lamento que a diferença de opinião seja um obstáculo à amizade, e com ela interfira, mas isso nunca me irá impedir de manifestar as minhas ideias, nem que para isso tenha que recorrer a pseudónimo, como aliás é o caso.
O Marcelo merecia ser linchado por faltar à verdade neste caso!
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