No dia 10 de Junho António Costa irritou-se com alguns cartazes com a sua caricatura chegando mesmo a dizer (segundo a comunicação social) que eram "um pouco racistas". Infelizmente o argumento da utilização do porco não colhe para a definição de "racismo" e está profusamente presente nas caricaturas políticas portuguesas e não só, basta pensar no nosso Bordallo Pinheiro.
Também não será novidade a utilização de combinações interessantes de partes de figura animal com outras humanas, já desde a antiguidade e, mais recentemente nos cartoons políticos.
Como por aquelas características não se atingiam os objectivos para a caracterização de "cartazes racistas" logo se procuraram outros motivos e logo surgiu o dos "traços fisionómicos, de não branco, hiperbolizados e acentuados". Mais uma vez se esqueceram que são os traços fisionómicos que são realçados nas caricaturas, e que no caso vertente são comuns a indivíduos de diferentes origens étnicas, para não dizer raças (que agora é politicamente incorrecto).
Termino dizendo que a caricatura de António Costa nem é bem conseguida, mas é apenas mais uma caricatura.
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