Poucos países se podem gabar de ter os dois mais importantes detentores de cargos públicos no panorama político tão concertados no discurso, dando o dito por não dito com um intervalo de pouco mais de 2 meses.
Em Portugal costumamos estar muito à frente em coisas das quais não nos devíamos orgulhar, mas também na matéria da maior importância para todos os pensionistas, a palavra dos dois mais relevantes políticos do momento conseguiram fazer o pleno.
A 19 de Junho Costa disse "Não há a mínima dúvida de que iremos cumprir a fórmula que existe desde
a reforma de 2007. As leis existem para serem cumpridas" no programa O Princípio da Incerteza e isso mesmo foi plasmado no DN do dia seguinte, sem que houvesse algum desmentido posterior.
No mesmo dia Marcelo afirmou "Será porventura superior a 10%, equivale a ter mais um mês de pensões e reformas", confirmando as declarações de Costa, como se pode ler no Público do dia 20.
Todos sabemos agora que as medidas tomadas e transformadas em diploma do Governo foram anunciadas e promulgadas no mesmo dia, 5 de Setembro, e não preveem a aplicação da lei em vigor tal como tinha sido afirmado.
A expectativa dos pensionistas portugueses foram defraudadas, a lei não foi cumprida como tinha sido prometido, e os dois políticos acabaram por dar o dito por não dito, o que lhes fica muito mal e os descredibiliza.
Lamento que no meu país a palavra dos políticos não seja credível e ter que dizer que neste caso faltaram à verdade.
Mas em algum dia a palavra dos políticos fez jus à verdade? Ah , sim tínhamos o Jorge Coelho, mas ele era apenas a exceção que confirmava a regra.
ResponderEliminarAbraço e saúde
Aldrabões, para não fugir à regra! A discussão do OE-2023 promete, vou ficar atento!
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