O governo de António Costa "espetou-se" no assunto dos aumentos das pensões para o ano de 2023 e não o quer reconhecer.
Todos sabiam que existia uma lei, todos estavam a ver a inflação a subir, e mesmo assim o dr. Costa afirmou que iria cumprir a lei, no que foi secundado pelo presidente Marcelo que até mencionou o patamar acima dos 10% para os aumentos.
Surpreendendo todos e dando o dito por não dito, o dr. Costa anuncia uma nova versão dos aumentos das pensões, sem sequer ter existido qualquer discussão pública (parece que os pensionistas não têm esse direito). Já não será um aumento ao nível da inflação calculada pelo governo (devia ser a de Novembro), mas sim de cerca de metade dessa percentagem, e que o montante em falta seria adiantado neste mês de Outubro (a que indevidamente chegaram a classificar de bónus).
Mergulhados no incumprimento da lei, continuaram a afirmar que a estavam a cumprir integralmente, quando questionados sobre a base de cálculo para os aumentos de 2024 cada um dizia a sua coisa pois estava descoberta a marosca.
Enredados nas próprias mentiras, arranjaram duas desculpas para manterem a sua decisão (o dr. Costa nunca reconhece o erro), a da sustentabilidade da Segurança Social e a de a lei ser desadequada para tempos duma inflação alta.
Quando tentaram justificar a necessidade da sustentabilidade da SS, apresentaram os seus cálculos onde se dizia que a despesa punha em causa a sustentabilidade, mas do lado das receitas esqueceram-se de actualizar o valor das receitas dos impostos e do aumento das contribuições para o sistema neste ano, o que não foi por acaso. Quanto à possibilidade da alteração da lei pela sua desadequação em tempos de inflação muito alta, fica sempre sem resposta se outra lei responderia com justiça em tempos duma inflação baixa.
Palavra dada não cumprida é prejudicial para a confiança por parte dos cidadãos, e forçar uma perda de rendimentos aos pensionistas e aos funcionários públicos terá consequências, o que vai perturbar a paz social relativa que se vivia...
O Costa afirmou - eu ouvi, sou testemunha - que iria rever a matéria de modo a que os pensionistas não ficassem prejudicados. Como ele sempre afirmou que "palavra dada é palavra honrada", vou ficar atento para ver se desta vez ele cumpre.
ResponderEliminarEle também disse que cumpriria a lei e não cumpriu...
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