Este trono esteve em exposição no antigo Palácio de S. Cristóvão, casa dos Braganças no Brasil, e depois Museu Nacional do Brasil que ardeu na sua totalidade há poucos dias.
Não existem pois dúvidas que estes dois tronos, agora desaparecidos, pertenceram a D. João VI, pois existem provas documentais que suportam esta afirmação.
É uma pena que uma sala tão emblemática e bela como a Sala do Trono do Palácio Nacional de Mafra, exiba uma cadeira muito banal, e nunca se tenha pensado em mostrar uma réplica dum trono verdadeiramente de D. João VI, o rei que mais tempo passou neste palácio.
Podem afirmar que uma réplica não é adequada, mas continuo a achar que, desde que devidamente identificada, e fiel ao original, é mais própria do que uma outra cadeira qualquer.
Existe mais outra curiosidade que encaixa na perfeição no título “Os Tronos de D. João VI”, que é o trono oferecido a este monarca pelo príncipe do Daomé, Adandozan, em 1810, que é mais antigo do que o Museu Nacional, sendo portanto uma das suas primeiras peças, que infelizmente também se perdeu no incêndio.
Trono de Daomé
Nota: Sei que existem outros tronos de monarcas portugueses, como o que se diz ser de D. Afonso VI e o de D. Maria II, por exemplo, mas isso não invalida que se dê o devido relevo a D. João VI, e aos seus pertences, no Palácio Nacional de Mafra, ao invés de se teimar em falar nas “coxinhas de frango nos bolsos”, de cada vez que se mostra um retrato menos feliz exposto nos aposentos do rei.
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