Tenho seguido bem de perto muitas
das discussões sobre Património, a sua divulgação e o pulsar dos visitantes. As
opiniões que tenho ouvido têm sido proferidas maioritariamente por agentes
culturais ligados às direcções de museus e outras instituições do sector.
Tecnicamente estes profissionais
superiores têm qualificações para falar dos problemas do sector, e muitos deles
vestem a camisola pelos serviços a que pertencem, mas devido às funções que
desempenham têm pouco contacto com o público, que maioritariamente pouco
percebe de Arte e de História.
As discussões (debates)
centram-se geralmente em técnicas expositivas, nos meios complementares de
informação, na divulgação e rotação das colecções, e outros detalhes mais
específicos de cada instituição, e percebe-se porque faz parte do seu trabalho.
Uma questão que fica muitas vezes
ausente destas discussões é o modo de atrair visitantes, partindo do
conhecimento que temos dos dados estatísticos, mas também dos comentários e
opiniões dos visitantes anónimos (a grande maioria). Há quem tenha o contacto privilegiado
com estes visitantes, nos museus evidentemente, mas esses nunca são ouvidos.
Outras vertentes que também são
praticamente ignoradas são, a do marketing, e a do contacto preferencial com os
guias e operadores turísticos.
Dito isto, posso afirmar que
muito do que se discute não faz parte das preocupações imediatas dos visitantes
do nosso Património, e digo-o sem tentar desvalorizar o trabalho e as opiniões
de ninguém.
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