Ainda há poucos dias discutia-se
se membros do governo deviam aceitar “ofertas” durante o seu mandato, e havia
quem dissesse que algumas eram “socialmente aceites”, outros contrapunham que
simplesmente “não há almoços grátis”, e que portanto os governantes deviam
seguir as normas instituídas para os funcionários públicos, que estão proibidos
de receber ofertas, ponto final.
Em Portugal temos uns políticos
que se julgam “acima dos restantes mortais”, e que portanto devem regular-se
por normas especiais, podendo ser punidos apenas politicamente por quem os
escolheu, e posteriormente pelos eleitores, caso sejam candidatos a uma
qualquer eleição.
O caso mais recente de conduta
inapropriada de um político, ainda que não punível legalmente, atingiu Durão
Barroso, que viu os seus pares (excepto os dirigentes do PSD), colocarem em
causa o seu novo “emprego” na Goldman Sachs.
Não devia ser necessário haver
códigos de conduta escritos para se perceber o que não é aconselhável, ou
passível de críticas fundamentadas, a políticos no activo ou recém-saídos de
cargos importantes em instituições nacionais ou internacionais, mas pelos
vistos alguns só entendem proibições, porque a sua ética é mais “elástica” do
que a dos outros…
Aves Pousadas By Palaciano*
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