quinta-feira, março 03, 2016

CULTURA SEM RUMO

Na Cultura tem sido a área do Património que tem estado particularmente em foco, quer pela demissão de António Lamas, quer pelo modo como se chegou lá ou pelas razões aduzidas pelo ministro da Cultura.

A troca de Lamas por Elísio Summavielle podia ser entendida como uma mudança exigida por necessidade de se seguir um novo rumo, mas não existe nenhum rumo novo que seja claro, nem se veem vantagens objectivas na mudança de protagonistas, já que Summavielle apresenta um currículo muito pobre onde se notam apenas nomeações políticas e não mérito demonstrado na acção.

Serei suspeito por ter considerado que o projecto de mudança do Museu Nacional de Arqueologia propostos por ES, seria um perfeito disparate, tal como o regresso a uma só estrutura para defesa do Património, para mim apenas um regresso ao passado dum IPPC de má memória.

A acção de António Lamas em Sintra não está isenta de críticas, especialmente porque o Património mais importante dessa zona se tornou demasiadamente caro para ser visitado pelos cidadãos nacionais, mas tirando essa infeliz realidade, a nível de conservação e divulgação da zona e dos seus monumentos, o trabalho está à vista. Há um outro facto que deve ser também considerado, o Estado não colocou na Parques de Sintra um tostão depois da tomada de posse da gestão de António Lamas, e a empresa estava na altura completamente falida. 


Não sei o que é que a Câmara de Lisboa irá fazer, já que o novo presidente do CCB, mostrou vontade de se distanciar dos problemas do eixo Belém/Ajuda, deixando o protagonismo para a CML, mas temo que as actuais capelinhas de interesses continuem a manter o imobilismo que tem sido a regra até hoje. 

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