Tu
que, como uma punhalada
Invadiste meu coração triste,
Tu que, forte como manada
De demônios, louca surgiste,
Para no espírito humilhado
Encontrar o leito ao ascendente,
- Infame a que eu estou atado
Tal como o forçado à corrente,
Como a seu jogo o jogador,
Como à garrafa o beberrão,
Como aos vermes a podridão
- Maldita sejas, como for!
Implorei ao punhal veloz
Dar-me a liberdade, um dia,
Disse após ao veneno atroz
Que me amparasse a covardia.
Mas não! O veneno e o punhal
Disseram-me de ar zombeiro
"Ninguém te livrará afinal
De teu maldito cativeiro
Ah! imbecil-de teu retiro
Se te livrássemos um dia,
Teu beijo ressuscitaria
O cadáver de teu vampiro!"
Invadiste meu coração triste,
Tu que, forte como manada
De demônios, louca surgiste,
Para no espírito humilhado
Encontrar o leito ao ascendente,
- Infame a que eu estou atado
Tal como o forçado à corrente,
Como a seu jogo o jogador,
Como à garrafa o beberrão,
Como aos vermes a podridão
- Maldita sejas, como for!
Implorei ao punhal veloz
Dar-me a liberdade, um dia,
Disse após ao veneno atroz
Que me amparasse a covardia.
Mas não! O veneno e o punhal
Disseram-me de ar zombeiro
"Ninguém te livrará afinal
De teu maldito cativeiro
Ah! imbecil-de teu retiro
Se te livrássemos um dia,
Teu beijo ressuscitaria
O cadáver de teu vampiro!"
Baudelaire? Isto está muito eclético por estes lados...
ResponderEliminarBjos da Sílvia