-Meu corpo, que mais receias?
-Receio quem não escolhi.
-Na treva que as mãos repelem
os corpos crescem trementes.
Ao toque leve e ligeiro
O corpo torna-se inteiro,
Todos os outros ausentes.
Os olhos no vago
Das luzes brandas e alheias;
Joelhos, dentes e dedos
Se cravam por sobre os medos...
Meu corpo, que mais receias?
-Receio quem não escolhi,
quem pela escolha afastei.
De longe, os corpos que vi
Me lembram quantos perdi
Por este outro que terei.
Jorge de Sena
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Outono
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ResponderEliminarUau ... a fama deste rincão blogosférico já chegou a Taiwan :)
ResponderEliminarGostei da visão das folhas em tons outonais.
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ResponderEliminarescreve-se por estas com um portugues esquisito... acreditem que não percebo nada..lol
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ResponderEliminarCaro Guardião,
ResponderEliminarEstou finalmente de férias, e com tempo para os amigos - que as minha férias são cá dentro (de casa mesmo, preciso de silêncio, de estar comigo e convosco, aqui, assim!)
Jorge de Sena, um dos meus poetas preferidos, obriga-nos a reflectir em mais este poema...
Nunca é demais estar com ele.
Um bom fim de semana prolongado e um abraço.
ps: que praga, estes anónimos... eu elimino-os na hora.
Peço desculpas pelas garatujas que começam a ser habituais, mas o tempo não abunda e nem sempre consigo apagar isto.
ResponderEliminarCumps
José Lopes