As despesas são muitas, as receitas não aumentam na mesma proporção, cada vez mais se torna difícil esconder o défice, há que arranjar culpados para este estado de coisas: o funcionalismo público.
Eles, os economistas reputados que já há dez ou vinte anos conhecemos e que passaram por governos, empresas públicas ou participadas, bancos outrora públicos e hoje privados, ou até por grandes grupos económicos, acham que é absolutamente inevitável cortar na função pública. O “monstro”, como alguém lhe chamou tem de emagrecer, temos Estado a mais em Portugal.
É muito curioso que se afirme que temos Estado a mais, e se dê como exemplo de milagre económico a Finlândia, mas deve ter sido um lapso estratégico. Não tenho ouvido os tais economistas e comentadores falarem dos países nórdicos como exemplos de bem-estar social, boa distribuição da riqueza gerada, cidadania e cumprimento das obrigações fiscais. Estou quase certo que só ouvi falar, em relação as estes países, a propósito do cartão único de identificação (que se encarregaram de perverter com diversos números) e na utilização de novas tecnologias e educação onde naturalmente nos dão cartas.
O neoliberalismo, de que são defensores convictos ou convertidos, não lhes permite descortinar que a virtude não está no sector público ou privado, mas na qualidade das suas classes dirigentes.
Esgrime-se frequentemente a expressão de “interesses corporativos”, sempre que alguém tenta contrariar a fúria neoliberal das privatizações, cortes sociais e despedimentos, mas nunca se fala dos grandes interesses económicos, da incompetência política e da “falência” das elites instaladas à sombra dos diversos poderes económicos e partidários.
O descrédito dos políticos portugueses é o resultado das assimetrias sociais, pela inversa, nos países nórdicos são respeitados bem como o funcionalismo público.
Tudo isto dá que pensar...
Eles, os economistas reputados que já há dez ou vinte anos conhecemos e que passaram por governos, empresas públicas ou participadas, bancos outrora públicos e hoje privados, ou até por grandes grupos económicos, acham que é absolutamente inevitável cortar na função pública. O “monstro”, como alguém lhe chamou tem de emagrecer, temos Estado a mais em Portugal.
É muito curioso que se afirme que temos Estado a mais, e se dê como exemplo de milagre económico a Finlândia, mas deve ter sido um lapso estratégico. Não tenho ouvido os tais economistas e comentadores falarem dos países nórdicos como exemplos de bem-estar social, boa distribuição da riqueza gerada, cidadania e cumprimento das obrigações fiscais. Estou quase certo que só ouvi falar, em relação as estes países, a propósito do cartão único de identificação (que se encarregaram de perverter com diversos números) e na utilização de novas tecnologias e educação onde naturalmente nos dão cartas.
O neoliberalismo, de que são defensores convictos ou convertidos, não lhes permite descortinar que a virtude não está no sector público ou privado, mas na qualidade das suas classes dirigentes.
Esgrime-se frequentemente a expressão de “interesses corporativos”, sempre que alguém tenta contrariar a fúria neoliberal das privatizações, cortes sociais e despedimentos, mas nunca se fala dos grandes interesses económicos, da incompetência política e da “falência” das elites instaladas à sombra dos diversos poderes económicos e partidários.
O descrédito dos políticos portugueses é o resultado das assimetrias sociais, pela inversa, nos países nórdicos são respeitados bem como o funcionalismo público.
Tudo isto dá que pensar...
Já perguntaram aos políticos, portugueses é claro, se sabem que os seus colegas finlandeses não têm benesses e mordomias comparáveis ao que se pratica neste rectângulo? O carrito, os seguranças, as reformas chorudas por poucos anos de serviço, etc, etc.?
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