As medidas anunciadas pelo governo, que apontam para a não renovação dos contratos do mercado social de emprego, POC’s e das aquisições de serviços, colocam em causa o regular funcionamento de museus, palácios e monumentos sob a alçada do Ministério da Cultura à medida que terminem os períodos de validade já acordados.
Numa breve ronda por alguns serviços dependentes do IPPAR ficámos a saber que o problema pode ocorrer já no mês de Julho, caso seja aplicada esta medida a trabalhadores que estão a terminar o primeiro ano de contrato, ou caso ainda haja uma renovação para os possíveis seis meses de prolongamento, será transferido para Novembro o inevitável problema de falta de pessoal.
Foi-nos transmitido que alguns directores estão a tentar transmitir algum optimismo para este Verão, mas a verdade é que ninguém está disposto a manifestar certezas sobre eventuais renovações. O caso é verdadeiramente preocupante pois estamos a falar do universo dos vigilantes-recepcionistas em que mais de 50% dos trabalhadores estão em situação precária e portanto abrangidos por esta resolução.
Este caso é um dos exemplos de cortes cegos para os quais já nos deram como resposta oficiosa que terá solução com recurso aos supranumerários. A resposta falha desde logo por ser tecnicamente inviável em tempo útil, e também porque este tipo de funções com os horários praticados e as remunerações existentes não terá certamente base de recrutamento no quadro de supranumerários.
Sempre dissemos que o recurso a pessoal com vínculo precário não era a solução para os problemas de falta de pessoal de vigilância dos museus, palácios e monumentos e que as medidas impostas pelo Ministério das Finanças apenas iriam agravar as coisas, os factos parecem dar-nos razão.
O s museus, palácios e monumentos podem fechar muito em breve, por falta de vigilantes e por manifesta falta de coragem do Ministério da Cultura.
sexta-feira, junho 09, 2006
MUSEUS PODEM FECHAR
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Eu vi que há muita gente a trabalhar em museus, mas quando me disseram quantos ténicos-superiores tinham percebi logo porque é que há tão poucos guardas: é que não há dinheiro para tudo...
ResponderEliminarSegundo notícias ainda não confirmadas parece que em alguns serviços vão haver ainda renovações de contratos, esperamos confirmar esta informação muito em breve.
ResponderEliminarConfirme lá isso porque é exatamente na sua zona (centro do país) que ainda não há certezas, havendo pelo menos já um caso em que os trabalhadores foram desenganados pela direcção do serviço.
ResponderEliminarDe facto houveram renovações em alguns serviços e sabemos que na região centro a coisa está preta, caberá aos directores dos serviços fazerem a devida pressão. Podemos desde já adivinhar que o colapso apenas foi transferido para o final deste ano... depois, a ver vamos.
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