sábado, abril 02, 2011

FECUNDIDADE

Portugal ao contrário da maioria dos países da União Europeia, diminuiu a taxa de fecundidade entre 2003 e 2009, estando mesmo entre os três países com menores taxas de fecundidade da UE com um valor de (1,32), só batido pela Letónia com (1,31).

Esta tendência que ameaça a renovação de gerações é preocupante, e aliada ao aumento da esperança de vida que se verificou no mesmo período, aponta para dificuldades em áreas como a da segurança social.

Se a taxa de fecundidade acarreta naturais preocupações, também mostra claramente que os portugueses estão conscientes das dificuldades financeiras, da precariedade do emprego e da grave situação que o país tem vindo a enfrentar há mais de uma década.

A teoria de que temos estado a viver acima das nossas possibilidades, e de que somos uns inconscientes, orquestrada pelas elites que, estas sim, têm estado a viver à grande, cai estrondosamente por terra. A maioria dos portugueses tem feito uma análise correcta da situação, consciente ou inconscientemente, e tem agido em conformidade com o que sente.

Para quem possa ainda não estar convencido desta minha conclusão, aconselho vivamente que consultem os números conhecidos da fecundidade na UE no período de 2003 a 2009, a que me refiro, e que tentem explicar porque é que as médias subiram e a nossa foi a excepção.

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Fotos Primaveris
By Palaciano

By Palaciano
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Humor Bovino

7 comentários:

  1. Taxa de fecundidade??? Fiquei tão confusa...

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  2. Cara Inês
    Eu também fiquei, porque sempre tinha utilizado outro nome mas a notícia que li em http://www.publico.pt/Sociedade/portugal-tem-das-fecundidades-mais-baixas-da-ue_1487873
    refere este termo especificamente.
    Cumps

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  3. Cá para mim isto só é possivel, porque numa estatística há uns tempos, diziam que Portugal era o País que mais jogava no euromilhões. Muito tempo para palpites pouco tempo para fecundar. Este comentário é meio a brincar meio a sério, mas a estatistica é verdadeira.
    Abraço

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  4. Com pouco dinheiro nos bolsos, encargos elevados, e instabilidade no emprego, como é que seria possível encarar a possibilidade de se ter mais filhos? O povo é sábio...
    Bjos da Sílvia

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  5. Em simples palavras, estamos fecundados!

    Saudações do Zé Marreta.

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  6. Caro Guardião,nunca tinha ouvido falar de taxa de fecundidade neste sentido e parece-me incorrecto mas também agora sei que não devo falar de FMI. Bem, o estudo refere-se à taxa de natalidade e todos nós, conscientes, sabemos que quando a natalidade baixa vertiginosamente ( não temos culpa)o futuro está empenhado porque os encargos com os idosos aumentam ( pensões, saúde...)pois saem directamente dos cofres do Estado uma vez que não renovando a sociedade diminuem as receitas fiscais da classe activa.
    Mas esta situação tem a ver com o facto da geração " à rasca" e outros um pouco mais velhos serem suficientemente conscientes para não terem filhos sabendo que não têm condições para que cresçam no pleno uso de todos os direitos que uma criança deve usufruir.
    Quem fez os apelos ao consumo que eu via um pouco por todo o lado? Quem facilitou a compra de casa, carro e tudo o mais através de prestações suportáveis pelos vencimentos dos casais? E agora?
    Onde estão aqueles que lançaram para o desemprego milhares e milhares de trabalhadores? Que podem estes produzir por mais esforços que façam se não há indústria, fechou o pequeno comércio ou está agonizante, não há agricultura nem pesca?
    E não quero continuar! Procurem novos políticos, novas políticas e não me venham com discursos como aquele que ouvi ontem do Sr.Eng. José Sócrates, nem Dr.Passos Coelho, nem Dr. Portas...
    Estes já deram provas da sua governação. Quero outros, quero uma grande coligação, quero novas gentes, quero paz de espírito, quero que os jovens comecem a ter alguma esperança neste país.

    Desculpa, Guardião, que em vez de um comentário, levaste quase um post.
    Mas eu gosto de vir aqui. Tu sabes!

    Abraço fraterno

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  7. Cata-Vento
    Serás sempre bem recebida neste cantinho e os comentários por aqui continuam a ser muito bem acolhidos.
    Cumps

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