
By Cajó
Já me chamaram muitas coisas, mas agora decidiram chamar-me saloio, porque achei que o episódio da apreensão dos livros com a imagem de um quadro de Courbet na capa, tinha sido caricato e perigoso, pois bastou alguém sentir-se incomodado, ou achar que a imagem não era própria, para logo a polícia actuar.
Fernanda Câncio e Miguel Sousa Tavares vieram logo zurzir em quem se indignou com este acto perfeitamente discricionário, como se fosse completamente irrelevante. Não é necessário recordar que poço antes tinha acontecido o caso do Magalhães, pelos vistos também irrelevante, para os dois detentores da razão, mas não para muitos como eu, que já conhecemos os tiques de outros tempos.
Chamem-me saloio, que eu posso bem com a vossa prosápia, não me chamem é parvo, porque nunca arrumei um caso de justiça de forma tão sumária como a Fernanda Câncio, que afirmou que o caso do Kuku foi um homicídio perpetrado pelo polícia que o atingiu, mesmo antes de se conhecer qualquer decisão de um tribunal, ou porque devido a ser tão saloio ainda não percebi que alguns podem caçar à vontade ainda que isso agrida os outros.
Enxerguem-se, não se julguem perfeitos ou melhores que os outros, porque geralmente isso esbarra no escudo que todos os saloios usam quando os tentam denegrir: vozes de burro não chegam ao céu!
Nota: O Director Nacional da PSP assumiu o «erro» na apreensão dos livros, o que me apraz registar e merece o meu maior respeito pela dignidade demonstrada.
Volta do mercado saloio de Roque Gameiro««« - »»»
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