Todos puderam ouvir nas notícias televisivas, o presidente dos EUA, Barak Obama, reconhecer que errou nas escolhas para a sua administração, por não ter acautelado todas as situações e por se ter precipitado em algumas escolhas de pessoas, capazes na sua opinião, mas sob suspeita por fugas ao fisco, que embora já regularizadas não apagam de todo a intenção de defraudar, ou revelam o desleixo perante as obrigações cívicas, que não são compatíveis com as escolhas para a governação.
Quer o pedido de desculpas por parte dos infractores, quer o reconhecimento de erros de análise de alguém que acabou de ser legitimado como presidente duma nação, são sinais muito poderosos sobre o perfil exigível a quem se propõe a desempenhar altos cargos governativos.
Não pretendo ser moralista, nem tão pouco justiceiro, mas tenho que constatar que em Portugal estamos a anos-luz de ter estas preocupações e escrúpulos no desempenho de cargos públicos.

