domingo, agosto 11, 2019

A GREVE E OS PROTAGONISTAS


A greve dos camionistas de matérias perigosas e de mercadorias suscita discussões, paixões e opiniões para todos os gostos.

O surgimento dum novo sindicalismo muito sectário e muito virado para interesses corporativos, alterou o status quo vigente, em que a maioria dos sindicatos estava de algum modo ligada às centrais sindicais nacionais, com uma predominância clara da CGTP.

Os diversos governos e o patronato, tudo fizeram para diminuir a implantação dos sindicatos tradicionais existentes, e com a fraqueza destes o surgimento dos novos sindicatos foi inevitável, mas parece que nem sequer os comentadores disto dão conta.

Quem tenha visto Marques Mendes e outros comentadores do regime, só ouve críticas aos novos sindicatos, algumas ao governo e nada com respeito ao patronato que até parece que não faz parte do problema. A direita está naturalmente contente, e percebe-se.

Os partidos de esquerda parecem estar anestesiados, não percebendo que o PS está sedento de coleccionar uma medalhas nesta crise dos combustíveis, e que se desenha no horizonte próximo uma revisão da lei da greve, que é um desejo antigo dos partidos da direita nacional e do patronato, claro está.



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