A greve dos camionistas de
matérias perigosas e de mercadorias suscita discussões, paixões e opiniões para
todos os gostos.
O surgimento dum novo
sindicalismo muito sectário e muito virado para interesses corporativos, alterou
o status quo vigente, em que a maioria dos sindicatos estava de algum modo
ligada às centrais sindicais nacionais, com uma predominância clara da CGTP.
Os diversos governos e o
patronato, tudo fizeram para diminuir a implantação dos sindicatos tradicionais
existentes, e com a fraqueza destes o surgimento dos novos sindicatos foi
inevitável, mas parece que nem sequer os comentadores disto dão conta.
Quem tenha visto Marques Mendes e
outros comentadores do regime, só ouve críticas aos novos sindicatos, algumas
ao governo e nada com respeito ao patronato que até parece que não faz parte do
problema. A direita está naturalmente contente, e percebe-se.
Os partidos de esquerda parecem
estar anestesiados, não percebendo que o PS está sedento de coleccionar uma
medalhas nesta crise dos combustíveis, e que se desenha no horizonte próximo
uma revisão da lei da greve, que é um desejo antigo dos partidos da direita
nacional e do patronato, claro está.
Sem comentários:
Enviar um comentário