O desemprego é uma chaga social que atinge todos os países europeus, e não só, e a menos que a economia europeia tenha uma recuperação milagrosa, superior a 2,5 ou 3% ao ano, não se prevê que os postos de trabalho perdidos, possam vir a ser recuperados.
Países como a Alemanha defenderam as suas empresas e as suas indústrias de modo a não encerrarem e a manterem os postos de trabalho mesmo no auge da crise, como se viu com a indústria automóvel e a farmacêutica. Por cá só houve a preocupação de salvar os bancos, e afinal com maus resultados como se vê.
O governo vem agora falar em novas regras para o subsídio de desemprego, que mais não são que a diminuição das prestações, da sua duração e a obrigatoriedade de se aceitarem empregos mal remunerados. As fundamentações são ridículas por parte do Estado, começando pela afirmação de haver falta de mão-de-obra em alguns sectores, sem os mencionar bem como aos salários oferecidos, e também com o argumento de que há quem se aproveite desta prestação social e esteja a enganar o sistema, o que não abona nada a função fiscalizadora que o Estado deve efectuar, porque o dinheiro é dos contribuintes.
A intenção de reduzir as despesas sociais numa conjuntura recessiva entra em contradição com a decisão de não taxar para já as mais-valias bolsistas (que não criam emprego), exactamente porque a economia está a atravessar uma crise. Trabalho versus capital, com o governo do lado do mais forte, resulta invariavelmente em contestação social, que pode tomar aspectos muito perigosos se estas medidas forem agora tomadas.
Com governos assim só nos resta uma solução que é correr com eles de lá.
ResponderEliminarLol
AnarKa
A tese economicista faz escola em todos os sectores da vida.
ResponderEliminarConcordo quando diz que o Estado devia fiscalizar em vez de punir todos por igual.
Fiscalizar e ser rigoroso com quem aldraba, isso sim!
O governo coloca a mão por baixo aos que lhes garantam mordomias quando saírem do poleiro. Fiscalizar? Ética?
ResponderEliminarÉ ver como agora se permite a lavagem de dinheiro com o pagamento de 5%, e sem perguntas. Isto é melhor do que um casino, e sai mais em conta.
Bjos da Sílvia
Passei e deixo as saudações amigas
ResponderEliminarAs medidas serão certamente tomadas, até porque as eleições legislativas já foram e as próximas a não ser que exista algum imprevisto possível ainda estão longe. No entanto o caminho que prevejo é essencialmente o de um enorme crescendo da contestação social que poderá (e deverá quanto a mim) descambar num final radical.
ResponderEliminarÉ mais do que tempo de acabarmos com esta fantochada de desgovernos falsos, hipócritas, desonestos, corruptos e pouco ou nada sociais que apenas se apoderam do tacho para se governarem a eles próprios e a compadres.
O Povo leva tempo a abrir os olhos mas acabará por abri-los, inevitavelmente, por muito enganado e ludibriado que seja.
Saudações do Marreta.
Acrescento uma contradição à tua completa análise: ao mesmo tempo que sugerem a qualificação da mão de obra, a formação profissional e o alargamento da escolaridade, promovem o trabalho a qualquer preço até que um dia acordemos completamente escravos deles!
ResponderEliminarUm abraço operário