Forçam-me, mesmo velhote,
de vez em quando, a beijar
a mão que brande o chicote
que tanto me faz penar.
nem grande sabedoria,
mas dão-me as horas amargas
lições de filosofia.
António Aleixo
Forçam-me, mesmo velhote,
de vez em quando, a beijar
a mão que brande o chicote
que tanto me faz penar.
Eu não sei porque razão
certos homens, a meu ver,
quanto mais pequenos são
maiores querem parecer.
António Aleixo
No meu último jantar lá tive que “engolir” um telejornal, mesmo estando ainda de férias o que é indigesto e pouco recomendável para a saúde deste cidadão.
Apesar de já contar com uns anitos, e de já ter direito à reforma, não me considero velho bem ao contrário de muitos políticos da actualidade, que sem “cabedal” para arcar com as suas próprias responsabilidades acabam sempre por enterrar os seus “esqueletos” nas brumas do passado.
Custa-me muito ouvir da boca de fedelhos que nunca sofreram na pele os males da ditadura, e que nada mais fizeram do que comer à custa da actividade política que outros conquistaram para eles, “bocas” que procuram colar aos seus adversários na política “o discurso salazarento”.
O passado foi duro, não se vai repetir com a mesma forma e as mesmas pessoas, mas com políticos de tão má qualidade, sem memória política, sem conhecimentos do mercado do trabalho, e sem a ética necessária para saberem centrar a sua acção exclusivamente no interesse colectivo, talvez possamos regredir e vir a viver novos autoritarismos e novos cortes nos direitos conquistados ainda no século passado.
Aquela triste e leda madrugada
Aquela triste e leda madrugada,
Cheia toda de mágoa e de piedade,
Enquanto houver no mundo saudade
Quero que seja sempre celebrada.
Ela só quando, amena e marchetada,
Saía, dando ao mundo claridade,
Viu apartar-se d’ua outra vontade,
Que nunca poderá ver-se apartada.
Ela só viu as lágrimas em fio,
que duns e doutros olhos derivadas,
s'acrescentaram em grande e largo rio.
Ela viu as palavras magoadas,
que puderam tornar o fogo frio,
e dar descanso às almas condenadas.
Camões
Estamos no mês de Setembro e O Guardião, arrumadas as malas, parte para as férias que acha bem merecidas.
Não penso que vá perder grande coisa, falando da actualidade política, mas farei questão de vir aqui quando houver oportunidade, apenas para ler o que se vai escrevendo pela blogosfera.
Até breve.
José Lopes