Estamos habituados a dizer que o
homem é uma animal racional, por contraposição com os outros animais que
designamos de irracionais, mas será que somos mesmo animais racionais?
Nos últimos dias temos lido
notícias perturbantes de países (ditos) desenvolvidos que passam a perna a
outros ficando com encomendas de artigos essenciais como máscaras e
ventiladores, quer por avançarem o dinheiro ou por não deixarem sair do seu
território estes artigos, muitas vezes em trânsito, apesar de saberem que eles
são necessários noutros países que deles estão à espera.
Relatos de autêntica pirataria
por parte dos EUA, da Turquia e até da França surgem um pouco por toda a rede,
e se não podem ser todos confirmados, alguns são e não se veem reacções de
repúdio por parte das entidades mundiais, ONU ou OMS para citar apenas algumas.
A lei da selva é bem visível.
A dependência da China é mais do
que evidente, e fez soar todos os alarmes nos países ocidentais, que perceberam
que essa dependência os deixava literalmente à mercê dum país cuja prática
política criticam abundantemente, mas ao qual têm recorrido (em demasia) para
obter preços de produção verdadeiramente sem concorrência. O mercado e o lucro
foram colocados acima de tudo, e agora que a vida das populações está em risco,
como se vai resolver o problema?