sábado, junho 16, 2018

OS HUMANOS E OS OUTROS ANIMAIS


Quase todos gostamos de animais, alguns têm mesmo animais em suas casas, e tudo estaria muito bem se não existissem umas quantas situações que complicam a nossa relação com alguns animais.

Notícias como a da existência de duas grandes matilhas de cães vadios em dois locais diferentes do Concelho de Sintra, que já atacaram pessoas, deixam-nos incomodados. Quando se falam em soluções a mais ouvida, da boca dos protecionistas é a da captura e esterilização das fêmeas, o que resolve o problema a longo prazo (dizem) mas que não descansa os residentes nas áreas, porque nem o cativeiro é equacionado.

Retive umas afirmações da Provedora dos animais que me deixaram estupefacto, pois quando questionada sobre a existência frequente de cães à solta nos jardins (o que não é permitido) apenas diz que “é uma questão cultural” e que atira ainda para o ar que “era importante que quando levam um animal para casa as pessoas tivessem alguma formação, uma carta dos seus direitos e deveres”, o que parece muito bem, mas a quem compete fazer essa formação, pode dizer-nos?

Fiquei também a saber que a senhora Provedora não gosta particularmente das gaivotas, enquanto nutre uma simpatia evidente pelos pombos. Afirmações como “ por mim, o abate de pombos terminava agora”, e “qualquer morte de um animal (referia-se a pombos) só porque é conveniente não é ética” deixam bem clara a sua opinião.

Falando da questão cultural, e falo agora de Lisboa, todos sabemos que é proibido alimentar os pombos, mas nos poucos locais onde isso está anunciado, não se informam quais são as coimas, e não há quem fiscalize o cumprimento de tal norma. A senhora provedora podia fazer bem mais.

Quem se preocupa com os animais e está no poder, e há muita gente com esse tipo de preocupações, porque não publicita melhor os direitos e os deveres dos proprietários dos animais, e das populações em geral, no que toca à interacção com os animais?  

Outra coisa que me deixa confuso é que não se fale dos ratos, das cobras, das tartarugas, das iguanas, dos papagaios, dos canários, e de muitos outros animais, aves e peixes que alguns de nós temos em nossas casas. Tanta legislação acaba por ser confusa, quando bastava um pouco de bom senso, para haver humanidade no tratamento dos animais, e firmeza no combate de pestes e de comportamentos de risco envolvendo pessoas e animais, porque no fundo, quem  prevarica somos nós, os ditos humanos.

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