sexta-feira, março 09, 2018

AFIRMAÇÕES CONTRADITÓRIAS

A situação lastimável em que se encontra o Palácio de Mafra, cuja conservação deixa muito a desejar, está muito confusa, tanto no que se refere às responsabilidades por tardar uma intervenção absolutamente prioritária, como também no que respeita às informações sobre a segurança de quem visita o monumento ou simplesmente vai aos serviços religiosos que decorrem na sua Basílica.

Enquanto da parte da Cultura se diz que está à espera da autorização do Tribunal de Contas, este diz que aguarda há dois meses por dados da Cultura. Claro que o problema já está diagnosticado desde 2004, mas o jogo do empurra faz parte destas coisas.

No que concerne à segurança do edifício e das pessoas as informações são também muito confusas, por um lado o presidente da Câmara de Mafra diz que existe o risco da queda de sinos, e da Cultura já vimos isso admitido e negado. Segundo o Jornal de Mafra a DGPC terá afirmado que “Durante o período de Inverno a Direcção do Monumento faz inspecções diárias às coberturas, torres, torreões e zimbório”, e que “… não se detecta, na presente data (ontem), um agravamento do estado de conservação das torres, dos sinos e respectivas estruturas de suporte, não havendo por isso risco de derrocada”.

Não fiquei muito esclarecido, embora quanto ao caso do atraso na recuperação dos carrilhões seja evidente que a Cultura não tem suficiente peso político para obviar a burocracia. No caso das garantias de segurança, não creio que a direcção do Monumento esteja tecnicamente habilitada para dar qualquer garantia, que cabe naturalmente a outras entidades, que já deviam ter sido chamadas, porque estamos a falar dum edifício aberto ao público e aos crentes.


Enquanto as obras não estiverem prontas, resta-nos esperar que tudo corra pelo melhor, e que o céu não nos caia em cima da cabeça.


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