sexta-feira, dezembro 29, 2017

MERCADO LIVRE OU REGULADO?



O episódio triste dos aumentos previstos na EDP Comercial, que se seguiram ao anúncio governamental da baixa de preços da energia no mercado regulado, volta a trazer à baila o assunto da regulação, que para muitos é necessária, mas para alguns é desnecessária e indesejada.

Recordemos os argumentos apresentados pela EDP, que foram o preço do carvão, dos outros combustíveis, e a baixa pluviosidade que fez baixar a produção hidroeléctrica.

Esta empresa sofre de amnésia, muito conveniente, diga-se, e não refere que nos outros anos em que choveu bastante, em que os combustíveis fósseis atingiram valores mínimos no mercado internacional, e que não se traduziram em reduções de preços ao consumidor, o que seria normal para uma empresa séria.

Infelizmente não são apenas problemas como este que nos fazem recuar no tempo, e lembrar que muitos políticos e economistas há alguns anos falavam da virtualidade das privatizações, que infelizmente aconteceram. Todas as empresas públicas que davam lucro, (EDP, ANA, GALP, PT, CTT, etc.) foram vendidas a pataco, e agora continuam a dar lucro mas quase que só a interesses estrangeiros.

Aqueles políticos e economistas que participaram nas privatizações onde estão? Será que alguns não passaram uns tempos depois para os quadros das novas empresas, como gestores, altos quadros ou mesmo administradores das mesmas?

Quem é que me demonstra que os portugueses e o país ganharam com as tais privatizações? E quem é que ainda pretende convencer-me de que o mercado liberalizado é bom e justo, e que se regula a si próprio por causa da concorrência?   


2 comentários:

  1. Vamos de mal a pior.
    Amigo desejo-lhe um bom fim de ano e um excelente 2018.
    Abraço

    ResponderEliminar
  2. Promiscuidade, é o termo! Os políticos dos partidos do poder, os comentadores do poder dos media, os jornalistas da notícia paga à peça, sonham com os luxos da burguesia e, vai daí vale tudo! Vender o que é de todos, adulterar a verdade, desinformar...
    Estamos bem entregues, estamos! Estamos também com medo das revoluções mas sem elas, nunca daremos o passo em frente que urge dar!
    Um abraço cómodo dum incomodado

    ResponderEliminar