quinta-feira, dezembro 01, 2016

POR FALAR EM DITADORES

Existem pessoas a quem é dada uma tribuna para expressarem as suas opiniões, a que evidentemente têm direito, mas que não se ouvem a si próprios, para perceberem a sua falta de coerência, que até tem consequências porque a sua opinião é difundida, em meios de comunicação social ou equiparados, podendo influenciar terceiros.

Estava eu a ouvir um telejornal num dos canais nacionais, e o apresentador referindo-se a Cuba diz “… a morte do ditador…”, e eu fiquei à espera de alguma correcção. Não houve, e o apresentador passou a outras notícias de âmbito internacional. 

Mantive a televisão no mesmo canal e as notícias seguintes foram sobre Angola e Luaty Beirão, sobre a Rússia de Vladimir Putin, e sobre a Síria de  Bashar al-Assad. Em nenhum dos casos se ouviu uma só palavra sobre ditaduras, o que diz muito sobre o jornalista em questão, e sobre a sua “imparcialidade”.


A liberdade de opinião merece o meu maior respeito, mas em informação num canal público espera-se ouvir notícias e não opiniões, a menos que isso seja bastante claro, o que não foi o caso.


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