segunda-feira, novembro 14, 2016

PATRONATO LUSO

Ferraz da Costa, ex-presidente da CIP, deu uma entrevista ao DN em que desanca no governo, que como se sabe não é do seu agrado, já que as suas preferências vão muito para a direita, mais precisamente para o pensamento de Donald Trump, um guru da economia, muito respeitador das suas obrigações enquanto patrão e contribuinte.

Este senhor que representou o patronato português, defende que se deve baixar os custo do Estado para se poder pagar menos imposto, mais objectivamente o IRC das empresas, à semelhança do que prometeu Trump.

Um Estado mínimo era o sonho deste tipo de empresários, já se sabe, e também se sabe que foi um defensor da privatização de muitas empresas que eram detidas pelo Estado, e que agora estão na mão de privados.

Nesta entrevista tive dificuldade em entender o pensamento deste iluminado, porque ele não hesitou em falar do peso excessivo da factura cobrada pela EDP, pela Galp, e pela PT, e essas são empresas privadas.

O tal Estado de que se queixa Ferraz da Costa, que detinha as empresas de energia e de telecomunicações, não pode num mercado liberalizado, como ele defende, interferir nos preços, a menos que queira arranjar novos encargos.

Quanto aos baixos salários a que muitos portugueses se têm que agarrar por motivos de sobrevivência, também não podem aumentar, porque muito patronato “amigo” do senhor Ferraz da Costa, se opõe a essa medida, como já se viu com o caso do ordenado mínimo nacional para 2017.


Já sabemos bem qual é o pensamento de Ferraz da Costa, e tudo passa pela desregulação das leis laborais, e pelos baixos salários, um pouco mais de lei da selva, onde o patronato dite as leis e o Estado tenha a seu cargo apenas a política assistencialista, que tanto agrada aos detentores do capital.


2 comentários:

  1. Gostam mais de explorar do que competir.
    Lol
    AnarKa

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  2. Gulosos é o que eles são, quase todos.
    Bjo da Sílvia

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