quinta-feira, setembro 15, 2016

PORTUGAL, TRABALHO, AMBIENTE E ECONOMIA

Economistas americanos afirmam que três dias de folga por semana ajudariam a salvar o planeta, e lembram o exemplo do estado do Utah, que praticou a semana dos quatro dias, na função pública, durante cerca de três anos com resultados visíveis, e só não continuou com isso porque o sector privado não acompanhou a medida e houve o choque inevitável, entre o sector público e o privado.

Na Suécia a jornada de trabalho foi reduzida das oito para as seis horas semanais, mantendo-se os salários dos trabalhadores, já lá vai um ano, e os resultados são positivos, segundo as autoridades suecas.

Por cá temos o economista João Duque que considera que ”seria uma má ideia para os povos mais desfavorecidos no mundo”, e vai ainda mais longe no seu comentário, “um americano de barriga cheia que está farto de poluição acha bem, mas a parte subdesenvolvida do mundo acha mal” recordando que as pessoas trabalham para “aumentar o seu bem-estar” e que o positivo que se colhe do trabalho é “superior ao negativo gerado pela poluição e desperdício”.

Perante tanta “intelijumência” de tão reputado economista, nem vale a pena recordar que a América é o exemplo acabado dum país capitalista, e que a Suécia é uma das sociedades com menos desigualdades e com mais direitos do mundo. Quanto ao factor ambiental só digo que ninguém quer ficar rico condenando o planeta e a humanidade a um verdadeiro holocausto, que acabará com a nossa espécie. Não posso deixar de salientar que com os avanços das tecnologias a redução do tempo de trabalho será inevitável, porque o desemprego em massa seria insustentável.


Lamento que o senhor professor, e economista, tenha vistas tão curtas, bem como lamento que os nossos ambientalistas sejam tão pouco coerentes com os princípios que dizem defender…


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