quinta-feira, agosto 11, 2016

JUIZ E O CONSELHO INFELIZ



Um senhor juiz conselheiro do Tribunal de Contas, numa sentença, dá o conselho aos arguidos: se querem ser autarcas deve ter “qualificações”. Se as não tiver, ou arranja ou abre caminho a outros profissionais mais capazes.

O senhor juiz conselheiro sabe, ou pelo menos devia saber, que não existe nenhuma formação específica para autarcas ou para ministros, bem como para qualquer dos candidatos propostos a eleições para cargos públicos, executivos ou não.

Lendo o que saiu nas notícias podia-se pensar que para este senhor, só deveria candidatar-se a uma autarquia alguém com formação em Direito, ou Gestão, para poder estar à altura das inerentes responsabilidades.

Foi um conselho muito infeliz, porque não é comparável o número de assessores e técnicos nos gabinetes ministeriais, ou nas grandes autarquias, com o que existe numa pequena autarquia, onde muitas vezes nem gabinete jurídico existe.

Não conheço o caso em particular, nem os autarcas, nem a Câmara em questão, pelo que falo apenas com base nas notícias vindas a público.



2 comentários: