quarta-feira, junho 29, 2016

ATÉ JULGUEI QUE ERA UMA PIADA

Quando ontem pela manhã ouvi os títulos dos jornais, e este título, «Governante admite viver em Lisboa mas não desiste do subsídio», julguei que era alguma piada do tipo das do Inimigo Público.

Depois da viagem para Lisboa e da passagem pelo quiosque dos jornais, fui direito à notícia, e lá estava escarrapachado que o Secretário de Estado do Ambiente «não vai prescindir dos 360 euros, que “correspondem ao valor aproximado “ do custo da sua casa do Algarve».

Não era piada, era mesmo o que se passava e as intenções do senhor governante, que se achava com direito a receber essa quantia, só porque tinha despesas com uma casa que comprara antes de aceitar o lugar. Saberá este senhor quantos trabalhadores estão deslocados do local da sua residência por motivos laborais? É que esses não aceitaram voluntariamente um cargo de nomeação política, mas tiveram que aceitar por motivos de sobrevivência.

Ao final do dia lá estava outra notícia, agora actualizada, onde o senhor Carlos Martins afirma deixar de receber o subsídio de alojamento, sem reconhecer que o fazia ilegalmente, mas apenas porque “este injusto caso se alastra e com o objectivo de preservar a minha imagem, o bem-estar dos meus, e a normalidade do funcionamento do Ministério do Ambiente”.


Noutro país com mais consciência política e com políticos com mais sentido de Estado, a demissão tinha sido imediata e um pedido de desculpas encerrava o caso, mas estamos em Portugal…


4 comentários:

  1. Há que respeitar as auto-caravanas

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  2. Já se tornou um hábito.
    Um abraço

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  3. http://www.cmjornal.xl.pt/nacional/sociedade/detalhe/miguel_relvas_perde_a_licenciatura.html

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