domingo, fevereiro 28, 2016

SOLIDARIEDADE



A solidariedade é o sentimento que melhor expressa o respeito pela dignidade humana.


Franz Kafka

sexta-feira, fevereiro 26, 2016

AS FÉRIAS CÁ DENTRO



Foi com alguma curiosidade que fui ler uma notícia com o título «Governo “convida” portugueses a passar férias cá dentro».

Quando acabei de ler a notícia cheguei à conclusão que a mesma serviu apenas para “ilustrar” a primeira aparição pública do novo titular da BTL na companhia da secretária de Estado do Turismo.

Num ano em que se esperam bater novos recordes do turismo nacional, não se esperam preços muito competitivos, que possam atrair a maioria dos portugueses durante as férias de Verão.

É curioso que a dita notícia vem mesmo abaixo de outra onde a “Ryanair apressa turistas para Portugal: país fica sem quartos de hotel em Março”. Claro que é um exagero da companhia aérea, mas todos sabemos qual o resultado de notícias destas, que é tão só o disparar dos preços.

Talvez fosse útil os nossos hoteleiros terem em atenção duas coisas muito importantes: a Espanha também está na moda e com o turismo em alta, e o preço dos hotéis aqui ao lado é mais barato que em Portugal na maioria das regiões.



segunda-feira, fevereiro 22, 2016

SACRIFICAR O TRABALHO



A Europa que criou o estado social, que defendeu os ideais da Democracia (Liberdade, Igualdade e Fraternidade), e se tornou um farol desses valores no mundo, sucumbe agora mergulhada na ditadura da economia e dos mercados.

A ideia de que o trabalho dignifica o homem é hoje pouco mais do que simbólica, pois o trabalho só é valorizado na medida em que possa ser taxado.

O equilíbrio entre o capital e o trabalho já não existe há bastante tempo, e hoje fala-se mais nas exigências dos mercados, em questões macroeconómicas e em ratings, do que em direitos laborais, dignidade humana e redistribuição justa da riqueza, para eliminar as desigualdades.

Há notícias que incomodam as pessoas de bem, como o facto da tributação das famílias ter aumentado sete vezes mais do que a das empresas, desde 2011, ou que tenha sido gasto mais dinheiro com a defesa e capitalização dos bancos do que com a saúde e a educação juntas.

Onde estão os grandes valores da Europa? Que mundo se quer construir com estas políticas?



sábado, fevereiro 20, 2016

É MENTIRA SIM SENHOR

César das Neves já nos habituou a dislates, e a apreciações alinhadas com alguns partidos que agora estão na oposição ao governo recentemente empossado. Claro que está no seu direito, mas os factos não podem ser preteridos a favor das convicções (se é que as tem).

Procurando sempre frases de grande efeito, o professor e comentador económico disse que “Portugal é um país de evasão fiscal”, apresentando a fuga ao fisco quase como uma questão cultural, e de seguida afirmou não ter dúvidas quanto ao sector mais cumpridor, acrescentando que “se alguém paga impostos em Portugal são as empresas”.

Por muito que custe a César das Neves, quem paga regiamente os seus impostos, a horas e na totalidade, são os funcionários públicos, que nem sequer podem fugir ao fisco. Quanto às empresas, sabe-se que existem muitas que cumprem os seus deveres, mas boa parte delas apresenta sucessivos prejuízos, que a serem reais já teriam dado origem à sua falência sem apelo nem agravo.


A referência a um conselho de Salazar foi a cereja no topo do bolo de uma dissertação infeliz de quem se acha com muita graça numa área que tem falhado sucessivamente as suas projecções sobre o futuro, e defendido soluções que já se mostraram desastrosas.


quarta-feira, fevereiro 17, 2016

A RECEITA PARA O DESASTRE



O maior problema que a humanidade enfrenta nos nossos dias não é o terrorismo, a emigração, ou a economia, mas sim a causa de todos esses problemas, que é o aumento das desigualdades.

A exclusão é deixa multidões à mercê da manipulação por parte de gente lidada ao terrorismo às máfias e ao vício, tornando o mundo mais perigoso do que já é.

A ganância pelo lucro, a falta escrúpulos e a cegueira pela riqueza e pelo sucesso a qualquer custo está a levar os humanos à extinção a passos largos. Países inteiros estão à beira da destruição, da miséria e da fome. Nos países desenvolvidos são cada vez mais os excluídos e sem qualquer protecção.

A juventude já não pensa no futuro como nós o fizemos, e mesmo ligando menos ao dinheiro, o que nem é mau, pretende cada vez mais viver experiências, e num mundo tão perigoso como este, tornam-se muito mais vulneráveis do que as gerações anteriores, apesar de estarem mais bem apetrechados a nível de educação.

Pensamento - O mundo não está ameaçado pelas pessoas más, e sim por aquelas que permitem a maldade.

Albert Einstein



segunda-feira, fevereiro 15, 2016

PRODUTIVIDADE E VISTAS CURTAS

Um dos assuntos que vem sendo discutido em Portugal tem sido o regresso às 35 horas de trabalho na função pública, e tem sido notória a intenção da oposição e do patronato, em voltar os trabalhadores do privado contra os do Estado.

É sabido que os funcionários públicos já tinham tido as 35 horas semanais e que foi o governo de Passos Coelho que fez com que o regresso às 40 horas semanais fosse uma realidade, dizendo que assim se aumentaria a produtividade e se poupariam uns milhares ao erário público. Nunca o conseguiram quantificar nem foi alcançada nenhuma melhoria dos serviços, pelo contrário, mas alguns ficaram iludidos com aquela teoria.

Sempre aqui defendi a diminuição do horário de trabalho para as 25 horas e a dignificação do trabalho, com direitos e com salários decentes, porque a produtividade sempre esteve mais ligada à satisfação dos trabalhadores do que ao tempo de trabalho. Os países com mais produtividade têm menores jornadas de trabalho e melhores salários, ao contrário dos que têm menor produtividade, onde se trabalham mais horas e se praticam menores salários,

Talvez fosse útil a alguns senhores que andam por aí a dizer cobras e lagartos sobre as 35 horas de trabalho na função pública, analisarem bem o que se passa nos países do norte da Europa, sim os mesmos que nos mandam trabalhar mais tempo, antes de proferirem baboseiras.


Aqui vos deixo um link útil, curiosamente dum jornal electrónico de direita.

Emprego


Desemprego

sábado, fevereiro 13, 2016

MÚSICA E AMOR

Nada melhor do que uma música de outros tempos, com novas vestes, para recordar que o amor anda no ar.


sexta-feira, fevereiro 12, 2016

A EUROPA "AMIGA"

Os manda-chuva desta Europa envelhecida e desnorteada andam há semanas a dizer que Portugal está a mandar mensagens erradas para os santos mercados, e agora, que os EUA apresentam dificuldades de crescimento, a China abranda o seu crescimento e a Alemanha tem problemas com o seu maior banco, ficam melindrados porque Portugal não segue à risca as suas ordens.

Quando a Grécia votou pela mudança, não descansaram enquanto não dobraram essa vontade, agora que Portugal tem um governo apoiado pela esquerda, andam a fazer de tudo para que estoire o mais depressa possível. Uma Europa canhestra e refém dos mercados e do capital, vai murchando até cair de podre...


terça-feira, fevereiro 09, 2016

PIOR A EMENDA...

Um aumento de impostos é sempre uma aumento de impostos, e se alguns podem atingir mais quem tem muito, outros como o aumento do imposto sobre os combustíveis, atinge sempre mais quem menos tem, porque esse não têm qualquer margem nos seus orçamentos familiares.


Felizmente para o país, os portugueses levam muito a sério os problemas da nação, e continuarão a andar de automóvel, mesmo que um pouco menos, continuarão a fumar, também um pouco menos, e a pedir crédito para o consumo, menos do que até aqui, porque se não o fizessem para onde é que Portugal caminhava?

sexta-feira, fevereiro 05, 2016

SER POLÍTICO É SERVIR

Num país que se diz livre, ninguém é obrigado a candidatar-se a desempenhar funções públicas para um qualquer lugar do poder político. A decisão é pessoal e devia ter um único objectivo: servir a comunidade.

Não sei quais as razões que levaram muitos portugueses à política, mas sei que há os que acham que são mal pagos, embora muitos nunca tenham ganho tanto anteriormente. Temos também os que legislaram em causa própria e hoje têm reformas em condições inéditas no panorama nacional e internacional, ou até os que usufruem de subvenções vitalícias, que acumulam com rendimentos chorudos de outras actividades para as quais não seriam convidados sem ter passado por lugares políticos.


Sei que alguns estarão a pensar que nem todos serão assim, mas todas regras têm excepções, e essas não podem defender a falta de transparência, escondendo do público quem usufrui de privilégios e quanto nos custam esses mesmos privilégios.


quarta-feira, fevereiro 03, 2016

CULTURA – MAIS OLHOS QUE BARRIGA



O titular da pasta da Cultura, João Soares, teve entradas de leão, e nestas coisas como em muitas outras é prematuro falar-se sem conhecer bem a casa e os meios que lhe estão atribuídos, porque isso pode ser um problema a prazo.

Um dos maiores problemas da área do Património reside na relação entre as receitas e as despesas, e as últimas são bastante elevadas e no que toca a manutenção de edifícios e outras obras de conservação, são tanto maiores quanto menores tenham sido os cuidados tidos anteriormente.

A angariação de receitas depende sobretudo das receitas de bilheteira, e o senhor ministro foi muito depressa ao pote, sugerindo que as entradas de jovens até aos 30 anos fossem grátis aos domingos e feriados, certamente sem dados objectivos sobre o impacto e justeza de tal medida.

Eu não sou um adepto da Cultura mercantilista, mas também não acho que o dinheiro caia do céu. Não admira que João Soares venha agora dizer que Portugal vive uma situação de emergência, prevendo já que o orçamento seja mesmo muito curto, o que não é novidade para quem por cá anda há muitos anos.

A fasquia está agora muito mais alta do que há meses atrás, porque existe a promessa de completar o Palácio da Ajuda, terminar a museologia do Museu dos Coches e restaurar os carrilhões do Convento de Mafra. Outra expectativa prende-se com a recusa do senhor ministro relativamente ao plano Belém/Ajuda, ficando em aberto qual será a alternativa que terá em mente, ou se pelo contrário tudo ficará na mesma.