segunda-feira, janeiro 18, 2016

BEM-ESTAR E PRODUTIVIDADE



Os grandes empresários portugueses usam sistematicamente os dados (aldrabados) da produtividade, que são baixos, para justificar os salários de miséria praticados na maioria das empresas nacionais. Fugas aos impostos, economia informal e o recurso aos alçapões permitidos pela lei mascaram resultados que as grandes empresas têm, mas que não são os tornados públicos.

Além do que ganham e não é tributado cá dentro, ainda temos os incentivos ao emprego que conseguem através das ajudas estatais, que à custa da exploração dos empregados e das isenções fiscais ainda aumentam mais o seu pecúlio, já de si muito substancial.

O bem-estar dos trabalhadores é uma miragem para a qual os grandes empresários se estão nas tintas. Na verdade, quanto maior for a multidão de pessoas em risco de pobreza extrema, maiores são as oportunidades destes vampiros conseguirem força de trabalho ao mais baixo custo.

Há quem se admire da insatisfação dos trabalhadores portugueses, quem se diga admirado com a cada vez maior desigualdade existente neste país, ou com o aumento dos trabalhadores que vivem em estado de pobreza, mas o que é que está a ser feito para obviar estas realidades?
 
Que mais será preciso para obrigar os nossos governantes a olhar para este problema com olhos de ver? Se as alternativas de cidadania falharem, como tem acontecido, o que poderá acontecer? 


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