quarta-feira, março 11, 2015

GESTÃO PRESSIONANTE

Em todos os manuais de gestão podemos ler que um trabalhador motivado é mais produtivo, o que é uma evidência, mas as coisas não são exactamente assim em Portugal pelo menos em algumas empresas.

Com as teorias económicas de maximizar os recursos, com os prémios de gestão apenas para chefias, com a precarização do emprego, tudo mudou radicalmente.

Os trabalhadores passaram a chamar-se colaboradores, os salários foram “renegociados”, a total disponibilidade foi imposta, as obrigações são frequentemente lembradas, e quem invoca direitos é invariavelmente “advertido”.

Prevalece a doutrina do punho de ferro, da instabilidade, do medo, e da pressão constante, que muito julgam poder dar bons resultados. Os descontentes são, primeiro ameaçados e depois despedidos, pois a substituição regra geral diminui os encargos salariais, e é um sinal para os restantes “colaboradores”.

Estas chefias conseguem, numa primeira fase alguns resultados, e prémios, mas depois as coisas estagnam ou pioram, e “as culpas” são sempre dos “colaboradores que são calões” e duns quantos agitadores que até recorreram alguma vez aos sindicatos.


Infelizmente temos por aí gestores e empresários que gostam destas metodologias, e há governos que fecham os olhos a estas situações de repressão e de pressões psicológicas sobre os trabalhadores.

Não devemos generalizar, mas que há muitos assim, isso há...

2 comentários: