segunda-feira, julho 22, 2013

A CRISE E OS MUSEUS E MONUMENTOS



A afluência de público a museus e monumentos é bastante diversa consoante as zonas do país e mesmo consoante as zonas da cidade em que estão implantados.

As agências de viagens que organizam os percursos para os seus clientes trabalham sobre determinados eixos onde estão situados pontos de interesse bem conhecidos e devidamente publicitados. Zonas como Sintra ou a zona ribeirinha de Lisboa até Belém, são dois exemplos do que já afirmei.

Este mercado cultural que descrevi é essencialmente virado para o turismo estrangeiro, e resulta em altas percentagens de visitantes estrangeiros nos museus e monumentos situados nestes eixos privilegiados, e muito baixas percentagens de visitantes nacionais.

Claro que podemos falar da crise económica para explicar uma certa diminuição de visitantes nacionais, tanto nos equipamentos bem situados como nos situados longe desses eixos, mas não é só essa a razão desta diminuição. Os preços também são elevados para o nosso nível de vida.

A política de manter entradas grátis aos domingos pela manhã, mantida por alguns museus e monumentos, é uma modo de fomentar as visitas por parte dos portugueses, e mesmo os equipamentos mais visitados que não têm esta política, podiam fazê-lo na época baixa. Não sou favorável a entradas grátis para turistas estrangeiros, mas sou favorável a uma discriminação positiva para os cidadãos nacionais.


Américo da Silva Amarelhe - CAM Fundação Calouste Gulbenkian

2 comentários:

  1. A chamada gestão privada não gosta de dar borlas e tem afastado os portugueses do acesso à Cultura.
    bjos da Sílvia

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  2. Tem razão amigo. Para muitos portugueses além da entrada ainda se somam transportes. Não se compreende que na época atual uma criança de 4 anos pague na maior parte dos transportes o mesmo que um adulto. Acho que antes dos seis deviam ser grátis ou pelo menos meio bilhete.
    Um abraço e uma boa semana

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