quarta-feira, janeiro 09, 2013

RECEITA PERIGOSA



O tema mais quente do momento é sem dúvida o relatório do FMI com propostas para cortar 4 mil milhões na despesa.

A primeira questão é a de descobrir o porquê dos 4 mil milhões, e não qualquer outra quantia, o que não tem uma resposta concreta, parecendo que se trata de um axioma. Nesta questão cabe também a interrogação sobre a oportunidade e sobre se o prazo para o corte não podia ser alargado no tempo, mas também aí não existe resposta directa.

Outra questão prende-se com a estranheza deste relatório ser coincidente com o que já ouvimos da boca de alguns gurus deste governo e oposto às declarações recentes de membros do próprio FMI.

A última questão é sobre os sujeitos que vão pagar o tal corte, quando existem muitas outras despesas do Estado, exageradas e lesivas do interesse público, onde parece que se não mexe, a crer no conteúdo do relatório em causa.

A intenção é de, objectivamente, cortar no Estado social, nos salários dos funcionários públicos, no emprego público, nas pensões e nas prestações sociais. As rendas excessivas, os encargos da dívida, as regalias dos governantes e dos detentores de altos cargos públicos e de empresas públicas são vacas sagradas a quem “a emergência nacional” não pode beliscar, como se percebe.

Mais cortes nesta ocasião são um convite claro à revolta de quem já pouco ou nada tem a perder. Eu diria que estão mesmo a pedi-las, e pode ser que seja desta que terão o tratamento que necessitam.



3 comentários:

  1. Vamos derrubar esta pandilha.
    Lol

    AnarKa

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  2. Enquanto não destruirem ou desbaratarem o que ainda existe, eles não desistem.
    Bjos da Sílvia

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  3. deviam ser punidos !!

    cumpts

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