sábado, junho 30, 2012

DEIXA O QUE SEDUZ A MULTIDÃO

Se nós nada fizermos senão de acordo com os ditames da razão, também nada evitaremos senão de acordo com os ditames da razão. Se quiseres escutar a razão, eis o que ela te dirá: deixa de uma vez por todas tudo quanto seduz a multidão! Deixa a riqueza, deixa os perigos e os fardos de ser rico; deixa os prazeres, do corpo e do espírito, que só servem para amolecer as energias; deixa a ambição que não passa de uma coisa artificialmente empolada, inútil, inconsciente, incapaz de reconhecer limites, tão interessada em não ter superiores como em evitar até os iguais, sempre torturada pela inveja, e uma inveja ainda por cima dupla. Vê como de facto é infeliz quem, objecto de inveja ele próprio, tem inveja por outros. 

Não estás a ver essas casas dos grandes senhores, as suas portas cheias de clientes que se atropelam na entrada? Para lá entrares, teria de sujeitar-te a inúmeras injúrias, mas mais ainda terias de suportar se entrasses. Passa frente às escadarias dos ricos senhores, aos seus átrios suspensos como terraços: se lá puseres os pés será como estares à beira de uma escarpa, e de uma escarpa prestes a ruir. Dirige ante os teus passos na via da sapiência, procura os seus domínios cheios de tranquilidade, mas também de horizontes ilimitados. Tudo quanto entre os homens é tomado como coisa eminente, muito embora de valor reduzido e só notável em comparação com as coisas mais rasteiras, mesmo assim só é acessível através de difíceis e duros atalhos. A via que conduz ao cume da dignidade é extremamente árdua; mas se te dispuseres a trepar até estas alturas sobre as quais a fortuna não tem poder, então poderás ver a teus pés tudo quanto a opinião vulgar considera eminentíssimo, e desse ponto em diante o teu caminho será plano até ao supremo bem. 

Séneca

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Foto - Apontando o Céu
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Humor - Dúvida e Certeza

quinta-feira, junho 28, 2012

A DERROTA

Angela Merkel antes do desafio com a Itália

Angela Merkel depois da derrota por 2 - 1



quarta-feira, junho 27, 2012

PEDIR RESPONSABILIDADES

A Segurança Social dos portugueses está em perigo, apesar de se continuar a pagar as contribuições devidas e de ainda não existir nenhuma baixa da Taxa Social Única, de que tanto se falou no início desta legislatura. 

Os portugueses perguntam-se das razões da falência da S.S., e das afirmações sucessivas por parte dos economistas, dizendo que a S.S. tal como a conhecemos até agora, está condenada para sempre. As razões que os especialistas nos atiram para a frente prendem-se com o desemprego, e com os valores elevados (?) de boa parte das pensões. 

A verdade é contudo bem diferente, e tem mais que ver com os fundos de pensões absorvido pelo Estado, sem que a S.S. tivesse sido compensada com os valores desses fundos. As batotas feitas nas contas do défice, à custa dos fundos de pensões de alguns sectores, estão agora a pesar mais na despesa da S.S. do que os gastos com o RSI ou as pensões de idosos. 

A engenharia financeira da responsabilidade de alguns ministros das Finanças é a responsável pelos maus resultados de hoje da nossa Segurança Social, e não se pode dizer que este resultado não tivesse sido previsto, pois foram muitos os que logo na altura fizeram os devidos alertas. 

Passos Coelho e Vítor Gaspar bem podem ser “agraciados” e “elogiados” pela troika, mas deviam ser responsabilizados (juntamente com outros) pela destruição da Segurança Social, defraudando assim milhões de portugueses que passaram uma vida de trabalho a descontar para agora serem confrontados com a falência do sistema, que não está assim tão longe.

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Humor e Dúvida
Ser ou não ser, eis a questão!

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Fotografia de Amigos
A Subida by Palaciano

terça-feira, junho 26, 2012

OS RODRIGUINHOS DO GASPAR

A frase do dia, proferida por Vítor Gaspar: 

“Não existe uma espiral recessiva. Bem pelo contrário. O processo de ajustamento está a decorrer mais rápido do que se previa. É verdade que a evolução da despesa agregada dos agentes não favorece a receita do IVA. Mas os custos do trabalho estão a diminuir mais rapidamente do que se antevia, embora tal evolução tenha óbvias consequências na quebra das contribuições para a Segurança Social.” 

É formidável que o senhor ministro das Finanças venha dizer que não há nenhuma espiral recessiva, e depois venha dizer que a baixa nos salários e o baixo poder de compra dos assalariados deste país é que são os responsáveis pela quebra na arrecadação de impostos. 

Será que as políticas de austeridade impostas pelo governo, com cortes nos salários e com o aumento de impostos não forçam esta espiral recessiva? Esta quebra nos impostos cobrados, o aumento do desemprego e a baixa das contribuições para a Segurança Social não são a consequência lógica das políticas seguidas? 

Um destes dias ainda ouvirei da boca de Vítor Gaspar que está surpreendido pela continuação da subida do desemprego, com o aumento da emigração e com a quebra das receitas dos impostos. 

Salta um encharcado para a mesa da ponta!

 

domingo, junho 24, 2012

QUEM PAGA OS FALHANÇOS

Vítor Gaspar e Passos Coelho têm vindo a repetir que não irão pedir nem mais tempo nem mais dinheiro, para inverter a má situação económica do país, mas os maus resultados das políticas que estão a seguir estão bem à vista. 

Agora chegaram os resultados das cobranças de impostos nos primeiros 5 meses deste ano, e os resultados são bem claros. As cobranças do IVA, estão a baixar, apesar do aumento das taxas, o IRC pago pelas empresas está em queda e só o IRS está a subir, ainda mais do que a inflação, provando que é apenas o trabalho que está a pagar os efeitos das más políticas. 

A queda das cobranças de impostos só nos primeiros 5 meses do ano atingiu um valor equivalente ao que foi cortado aos funcionários públicos e pensionistas, nos subsídios de férias e de Natal, pelo que para manter os teimosos 4,5% de défice que Vítor Gaspar quer apresentar no final do ano, terá que vir por aí mais austeridade. 

Já aqui alertei que os subsídios de Natal dos portugueses ainda não espoliados, está em perigo, e não tenho prazer nenhum em ser ave de mau agoiro, mas quando há que pagar os erros da governação, são sempre os trabalhadores que são chamados a fazê-lo.


sexta-feira, junho 22, 2012

ANIVERSÁRIO ESQUECIDO

EU NASCI A 20 DE JUNHO DE 2005 E DESEJO A TODOS OS QUE ME VISITAM MUITAS FELICIDADES.

PROMETO CONTINUAR POR AQUI ENQUANTO ISTO ME DER PRAZER.

JOSÉ LOPES (O GUARDIÃO)

quinta-feira, junho 21, 2012

O ÁLVARO CHANTAGEADO

O inefável Álvaro, o iluminado que veio directamente do Canadá para nos ensinar economia, tem dificuldades em entender o português, não só o indígena mas também a língua, talvez por se ter exprimido durante anos numa outra que não será tão rica em adjectivos. 

O ministro Álvaro veio acusar os sindicatos do sector dos transportes de exercerem “chantagem” nas greves que estão a realizar, acrescentando que o governo tem “demonstrado enorme paciência” em relação à situação. 

As dificuldades do Álvaro no uso da língua podem explicar o facto de se ter esquecido de que o país inteiro está sobre “chantagem” da troika, que já disse e repetiu que, ou fazemos o que eles mandam ou cortam a torneira. 

Qual será o entendimento do ministro da Economia sobre a palavra “chantagem”? É que o país inteiro está sob “chantagem” porque tem que aceitar coisas por meio do medo, se quer continuar a satisfazer os chantagistas, que são os nossos credores. Porque é que diz então que o seu governo “tem demonstrado enorme paciência”, se os portugueses na sua globalidade é que têm sido demasiado complacentes com um governo que não está a cumprir as promessas feitas pelos partidos que o integram, quando se propuseram às eleições que os levaram ao governo? 

A nossa língua é lixada, mas o uso de uma palavra tão forte como “chantagem”, implica por parte de um ministro muito cuidado pois a “chantagem”  até pode ser considerada crime.


terça-feira, junho 19, 2012

ESTAMOS CADILHADOS

Há pessoas que passaram, ou ainda estão na política, e que julgam que só por terem passado uns anos sobre as asneiras praticadas, os portugueses os consideram pessoas impolutas e sem responsabilidades pelos actos que praticaram. 

Cadilhe passou pelo governo de Portugal, fez asneira da grossa, e depois passou pela embrulhada da compra de um apartamento que deu bastante que falar, e recentemente esteve de passagem pelo BPN. 

O mesmo Cadilhe que ainda está na memória de muitos de nós, vem agora falar de um imposto solidário, a ser pago por todos, no valor de 4%, sei lá bem sobre o quem. 

Indivíduos desta estirpe, que pululam por aí como insectos, desconhecem a realidade da maioria dos portugueses, que ou estão no limiar da sobrevivência ou já estão a caminho da miséria. Desconhecerá este indivíduo que já pagamos imensos impostos, sem usufruir de direitos correspondentes, e que até já se foi além do que a Constituição permite, a pretexto de “emergência nacional”? 

Já nos congelaram os vencimentos, já os cortaram, já nos aumentaram os impostos e até já nos confiscaram os subsídios, e ainda vem este Cadilhe falar de “tributo solidário”? 

Não sei como se sentem os outros portugueses, mas a minha tampa está prestes a saltar perante tanto malandro e tanto roubo! 

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Humor Cadilhado
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Fotos by Palaciano 

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segunda-feira, junho 18, 2012

CENSURA PREVENTIVA

 
Como já o disse há alguns dias, fui visitar o Palácio da Vila de Sintra, e além de ter topado com umas imprecisões na explicação de uma guia turística, fui passear com um convidado com bastante sentido de humor, que durante quase todo o tempo foi fotografando tudo o que via, porque neste palácio são permitidas fotos mesmo com flash, o que não deixa de ser estranho.

Uma das salas mais impressionantes deste monumento é sem dúvida a dos Brasões, que para um brasileiro tem uma atracção muito especial. O meu convidado, brasileiro de ascendência portuguesa, depressa ficou entusiasmado com os brasões e partiu furiosamente em busca do brasão da sua família (?).

Foi precisamente a ajudar o meu convidado a procurar os Silvas, que topei com um espaço em branco que me intrigou. Perguntei ao guarda que encontrei na sala e fiquei a saber que o espaço não preenchido era o correspondente à família dos Coelhos.

Segundo fiquei depois a saber, e consultando o sítio do monumento e um amigo especialista na matéria, o brasão dos Coelhos terá ficado muito deteriorado, não se sabe bem quando, e nas campanhas de restauro que se sucederam a esse facto nunca mais foi repintado no espaço que lhe pertencia.

Pelos vistos as gentes do restauro resolveram censurar os Coelhos, mesmo antes de saberem que um dia ele viria a (des)governar este país. Premonição ou seja lá o que for, mas o facto é que esse nome não está entre as sete dezenas de famílias que “com esforços leais serviços foram ganhadas com estas e outras tais devem de ser conservadas”, como reza a frase ao redor da Sala dos Brasões do Palácio de Sintra.

Escreveu-se direito por linhas tortas...


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Foto - Falta o Brasão

domingo, junho 17, 2012

OS CUSTOS DE CONTEXTO

As duas troikas, a nacional e a internacional, esfalfam-se a falar na competitividade para reduzirem o custo do trabalho, dizendo que assim o país sairá da crise e que tudo o que produzimos será exportável ou consumido por um mundo ávido de tudo o que seja português. 

A verdade está muito longe deste discurso batido e datado, pois nunca será pelos salários baixos que seremos competitivos, nem tão pouco é esse o factor que mais pesa no custo do que se produz. O que seria da Alemanha, da Holanda ou da Dinamarca, se fossem os salários que mais pesassem no que por lá se produz?

É sempre mais fácil atacar os salários e quem trabalha do que questionar os preços de outros factores de produção, como os impostos, a energia eléctrica, o gás e os combustíveis, já para não falar dos transportes, na burocracia e na justiça. 

O poder económico e político confundem-se, e os seus interesses acabam por ser os mesmos, sendo que os políticos ignoram os interesses e as necessidades da maioria para beneficiar os interesses de uns poucos. 

Um dia a casa vai abaixo! 

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Humor dos Explorados

sexta-feira, junho 15, 2012

MENOS SAÚDE

Um dos bens mais preciosos de qualquer pessoa é a saúde, que até está inscrita na Constituição como um direito, mas as coisas nunca são assim tão simples como pode parecer. 

Com o pretexto da crise, que serve para explicar quase todas as acções governamentais nos nossos dias, os cortes atingiram também este sector. Não se combateu a incompetência, nem sequer as más práticas, como seria de esperar, mas apertou-se o cinto sem qualquer critério clínico. 

Não se julgue que o ministério não tem mostrado actividade, porque como se viu recentemente, pois até se pretende ir a casa de crianças para avaliar o risco de acidente, a fim de diminuir o risco para as vulneráveis criancinhas. 

Mesmo com medidas louváveis, mesmo que discutíveis, o ministério tem muito mais com que se preocupar, começando por analisar as dificuldades no acesso à saúde por parte de muitos utentes, ou pela extrema demora na obtenção de consultas de várias especialidades, e a dificuldade em fazer determinados exames. 

Claro que todos ouvimos um senhor do governo dizer que os casos divulgados de dificuldade no acesso à saúde, são caricatos. Talvez seja uma boa oportunidade para convidar o senhor a disponibilizar-se a ir sem comitiva e sem aviso prévio aos hospitais do serviço nacional de saúde, e tirar uma senha e esperar junto dos restantes utentes, de ouvidos atentos às conversas em seu redor. 

A culpa será só da troika, ou será que há muita insensibilidade e muita ignorância da realidade por parte dos altos responsáveis da saúde em Portugal?

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Humor a Conta-Gotas

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Foto Florida

quinta-feira, junho 14, 2012

CORRUPÇÃO

"Há épocas de tal corrupção, que, durante elas, talvez só o excesso do fanatismo possa, no meio da imoralidade triunfante, servir de escudo à nobreza e à dignidade das almas rijamente temperadas." 

Alexandre Herculano

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Reflexão e Imagens

Na Europa, e em Portugal muito em especial, assiste-se ao aumento do desemprego, sem que ninguém pareça sentir-se culpado por esta verdadeira praga do século XXI. 

A deslocalização da produção industrial e até de muitos serviços para países onde a mão-de-obra é mais barata e onde o trabalho não tem direitos, a par da incompetência e corrupção do poder, são explicações mais do que plausíveis para o problema do desemprego. 

É incómodo dizer-se isto e até perigoso, mas é por isso mesmo que temos ser cada mais a exigir seriedade e responsabilidade aos detentores do poder, quer seja o político, quer seja o económico.
                                                                                                 Desemprego
Deslocalização
(Imagens de Marilena Nardi)

terça-feira, junho 12, 2012

PALAVRAS DE UM FAISÃO

Perdi-me d'amor! 

É uma pomba muito azul - 
Um azul cor de céu quando há sol; 
E hei-de fugir com ela 
Por causa dum rouxinol ciumento 
Que me apoquenta 
Dizendo Melodias de ironia penetrante. 
Iremos A esse país nevoento, 
Lendário, belo, distante, 
Lá onde a Lua se esconde 
Em névoas que eternamente lá pairam... 

Ó névoa, porque envolveis 
O país de Lord Byron? 

Às vezes 
Penso num pajem que me teve 
E num rei que me beijava 
Quando a Rainha dormia... 
Mas quando lho disseram 
Bateu-me tanto 
Que eu em longos ais morria... 

Não ouvem?... 

 Lá continua 
De novo 
O rouxinol a dizer... 
Ai, mas, se houver 
Uma pequena verdade 
No que ele insinua - 
É lume caindo numa ferida - 
Jamais aqui voltarei. 

Num lago da velha Escócia 
Darei fim à minha vida. 

António Botto

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Foto - Papoilas
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Humor e Critérios
Austeridade à la carte

domingo, junho 10, 2012

A CLAREZA DOS IRLANDESES

Nestas coisas de resgates económicos na velha Europa temos assistido a um movimento em passo de caracol, com uns quantos armados em castigadores, e outros a fingirem que são bons alunos, ainda que na realidade não vão além de capachos. 

A política económica europeia tinha tudo para dar errado, pois pretendia impor condições iguais a realidades diferentes, sem nunca cuidar de tentar nivelar as condições de vida e a economia dos diferentes países. 

Agora que as economias mais fracas e mais expostas à concorrência de fora da União Europeia, começaram a mostrar as suas debilidades, as medidas exigidas pelos parceiros mais abastados foi a do aumento de impostos e diminuição de salários, com a consequente recessão e subida do desemprego. 

Depois da “queda” dos pequenos a ameaça chegou à Espanha e ronda a Itália. Para a Espanha já se desenha uma “ajuda suave” sem aumento da austeridade, ao contrário do que foi até agora exigido aos mais pequenos. 

A Irlanda já veio exigir igualdade de tratamento, e muito bem. A Grécia colocou sobre a mesa a renegociação do resgate caso a esquerda ganhe as eleições, como pode vir a acontecer. 

E em Portugal? Onde param os defensores da teoria dos “bons alunos” agora que as condições estão a mudar e são necessárias posições firmes e concordantes com as da Irlanda e da Grécia? Será que não há coragem para bater o pé à senhora Merkel, que cada vez está mais sozinha nesta matéria?

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Humor à Irlandesa
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Foto em Tons de Azul

sábado, junho 09, 2012

GLOBOS CELESTES

Depois de ouvir um chorrilho de disparates enquanto visitava um dos nossos palácios nacionais, onde se encontra um magnífico globo celeste da autoria de Christoph Schlissler, resolvi deixar aqui uma referência a estes magníficos instrumentos que nos mostravam as constelações conhecidas. 

Já se conhecem globos celestes desde os tempos da Grécia Antiga, quer por escritos quer pela existência física de um que chegou até aos nossos dias. Esta raridade é o Atlante Farnese, uma esfera de mármore sobre os ombros de Atlas, que está no museu arqueológico de Nápoles.

As representações constantes dos globos mais antigos mostram as constelações segundo Ptolomeu, ou seja, apenas 48 constelações. As estrelas eram representadas por pontos cercados por uma linha divisória, o que viria a ser alterado já no século XVI por influência de Albrecht Dürer, que representou as constelações com imagens ilustradas e coloridas. 

O globo celeste em exposição no Palácio da Vila de Sintra, fabricado por Christoph Schlissler em 1575, segundo consta do sítio da instituição, é muito interessante, ainda que esteja incompleto. 

No Louvre existe um outro globo celeste, muito parecido com o de Sintra, no seu aspecto geral, que contudo é mais antigo (1145?) e portanto ainda sem a riqueza da decoração introduzida após Dürer.

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IMAGENS CURIOSAS DE DÜRER

Albrecht Dürer desenhou um rinoceronte, que nunca viu ao vivo, a propósito do animal que D. Manuel I pretendia oferecer ao Papa. 

O artista alemão também desenhou e pintou este láparo, talvez adivinhando que Portugal iria ser governado por um... Coelho.
 

quinta-feira, junho 07, 2012

POLÍTICAS DE EMPREGO?

Dizer que o programa “Impulso Jovem” é de apoio ao emprego, é apenas um jogo de palavras que fica muito mais claro à medida que se conhecem quais os incentivos postos à disposição das empresas. 

Não podemos analisar este programa deixando de parte as declarações de António Borges e de outros responsáveis políticos, que têm afirmado que é imperioso baixar os salários dos portugueses. 

Voltando a este programa do governo, temos como linha de força a redução da TSU, contribuição paga pelos empregadores, na contratação a termo de jovens desempregados, abrangendo sobretudo salários à volta de 700 euros, que terão uma redução de 90% da TSU limitados a 175 euros. 

Esta medida proposta pelo executivo e apresentada por Miguel Relvas, fornece mão-de-obra qualificada a baixo custo e a termo certo, pelo que quando acabar este incentivo ter-se-á gasto uns quantos milhões e os empregos esfumar-se-ão. Ganham algumas empresas e o problema continuará a massacrar os portugueses e a corroer a Segurança Social.

By Micko-vic

quarta-feira, junho 06, 2012

MÚSICA E IMAGENS

Esta música tinha tudo para estar datada mas as voltas do destino, ou a incompetência dos nossos governantes, teimam em manter a sua actualidade, quase sem alterações da letra.


Deixo-vos dois "bonecos da autoria de André Carrilho que "retratam" de algum modo a situação nacional. 


terça-feira, junho 05, 2012

CURTINHAS

Profissionalismo – Segundo é noticiado num site que oferece serviços sexuais na Ucrânia, algumas prostitutas deste país estão a estudar a história dos países que vão participar neste Europeu de futebol. Pelos vistos não serão apenas os futebolistas que estarão preocupados com a sua preparação. 

Ironia do destino – Numa altura de grave crise económica e de apertos orçamentais, é curioso que Portugal seja obrigado, já no próximo dia 15 de Junho, a amortizar quase 8,7 mil milhões de euros pedidos há 10 anos por um 1º ministro do mesmo partido de Passos Coelho. Falo de Durão Barroso, o mesmo que abandonou depois o barco para ir para a estranja.

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Humor Para Tesos

segunda-feira, junho 04, 2012

A EUROPA A DESLIZAR…

Depois da Irlanda, da Grécia e de Portugal, países que já recorreram a fundos de “assistência”, e visto a situação não ter melhorado com os programas de ajuda, demasiado “pesados” para os países intervencionados, parece que se aproximam os dias de mais países se apresentarem com dificuldades e necessitados de ajuda. 

A Espanha tem sido o candidato mais óbvio, devido à má situação dos seus bancos, que segundo as notícias conhecidas, necessitarão de uma injecção de 90 mil milhões de euros. 

A Itália também atravessa algumas dificuldades, e até o Chipre já encara a possibilidade de pedir apoio para recapitalizar a banca. Algo corre muito mal na governação desta Europa, e os resultados são os que se vão conhecendo, mas para além das políticas internas de cada país a política conjunta também não funciona em tempo útil e a Europa vai resvalando para o precipício.

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Foto - Brinco
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Humor e Economês

sábado, junho 02, 2012

BANHA DA COBRA

É mais do que sabido que sempre houve quem gravitasse em torno do poder político sempre com o pezinho na esfera do poder económico. Por um lado bajulam-se os governos por outro usam-se as influências para objectivos económicos, mesmo quando se repetem palavras de isenção e de separação de actividades. 

Ouvir António Borges dizer que “no final deste ano já haverá perspectivas de crescimento” e logo acrescentar que a “diminuição dos salários é uma emergência, não é uma política”, é talvez o melhor exemplo do que acabei de afirmar, mesmo deixando de lado o exemplo de Catroga e Nogueira Leite, que alguns preferem nem lembrar. 

É sempre bom recordar que António Borges foi director do FMI em 2010, envolvido nos empréstimos à Grécia e à Irlanda, além de ter passado pela Goldman Sachs de 2000 a 2008. Para os que se esqueceram, talvez também seja útil relembrar que a Goldman Sachs é um banco americano que está estreitamente ligado à actual crise económica mundial. 

Acreditando na afirmação de António Borges segundo o qual “a austeridade está a salvar a economia”, e nas afirmações sobre a diminuição dos salários, talvez fosse útil saber-se quanto é que o senhor pretende abdicar dos seus salários, porque só assim é que as suas palavras deixam de ser comparadas à banha da cobra. 
 
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Humor e Tentações
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Foto em Vermelho