sábado, junho 02, 2012

BANHA DA COBRA

É mais do que sabido que sempre houve quem gravitasse em torno do poder político sempre com o pezinho na esfera do poder económico. Por um lado bajulam-se os governos por outro usam-se as influências para objectivos económicos, mesmo quando se repetem palavras de isenção e de separação de actividades. 

Ouvir António Borges dizer que “no final deste ano já haverá perspectivas de crescimento” e logo acrescentar que a “diminuição dos salários é uma emergência, não é uma política”, é talvez o melhor exemplo do que acabei de afirmar, mesmo deixando de lado o exemplo de Catroga e Nogueira Leite, que alguns preferem nem lembrar. 

É sempre bom recordar que António Borges foi director do FMI em 2010, envolvido nos empréstimos à Grécia e à Irlanda, além de ter passado pela Goldman Sachs de 2000 a 2008. Para os que se esqueceram, talvez também seja útil relembrar que a Goldman Sachs é um banco americano que está estreitamente ligado à actual crise económica mundial. 

Acreditando na afirmação de António Borges segundo o qual “a austeridade está a salvar a economia”, e nas afirmações sobre a diminuição dos salários, talvez fosse útil saber-se quanto é que o senhor pretende abdicar dos seus salários, porque só assim é que as suas palavras deixam de ser comparadas à banha da cobra. 
 
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Humor e Tentações
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Foto em Vermelho

3 comentários:

  1. Eles não vivem de salários! Eles sabem lá o que são salários! Falam das nossas vidas como os urbanos de mãos finas falam da vida dos camponeses!
    Um abraço sem banhas

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  2. Estes políticos estão a engordar jiboias em vez de porcos. Espero que sejam devorado por elas e se tornem de facto banha de cobra.

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  3. não foi a este que o FMI chamou de incompetente ??

    cumpts

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