terça-feira, outubro 18, 2011

DEMAGOGIA POLÍTICA

Todos ouvimos declarações de Passos Coelho afirmando que os funcionários públicos ganhavam mais do que os trabalhadores do sector privado, e serviu-se o 1º ministro de dados estatísticos, ou seja de médias para justificar as suas afirmações.

As afirmações do 1º ministro são intelectualmente desonestas, porque comparou coisas que não têm comparação porque são absolutamente diversas. A demagogia não devia ser uma arma de um chefe de governo, porque é uma arma de dois bicos.

Repare-se que não cabe na cabeça de ninguém comparar os vencimentos dos membros do Governo e da Assembleia da República com os vencimentos do supermercado da esquina, ou de um a fábrica de sapatos, porque são universos diferentes, e não comparáveis.

O que Passos Coelho não disse e já se sabe com alguma certeza, é que as medidas relacionadas com os cortes dos subsídio de féria e de Natal, aos funcionários públicos e aposentados, é que quem aufira 655 euros brutos mensais, fica sem um dos subsídios, e que um outro que receba 755 euros mensais, só receberá 30% de cada subsídio, ou seja 227 euros nas férias e outro tanto pelo Natal.

Para Passos Coelho estes salários de 655 ou de 755 euros são elevados, e por isso devem ser diminuídos e aproximar-se dos salários das entidades privadas (?). Não sabemos se o senhor ministro pensa limitar todos os trabalhadores, do público e do privado, aos 485 euros do ordenado mínimo, mas se é essa a sua intenção, então diga-o claramente e não ande a tentar manipular os dados para justificar o injustificável.

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Humor Negro
Malta, sou rico porque sou funcionário público!

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Foto - Parzinho

3 comentários:

  1. Dizem que o roedor foi muito corajoso. Não! Alem de demagogo não é honesto políticamente ( como eles gostam de dizer...)

    cptos

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  2. Desilusão, revolta, desconfiança e...poderia estar aqui toda a noite a desfiar adjectivos!!!
    Custa-me ver a leviandade com que os políticos brincam com a vida de um povo!
    Bj
    Graça

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  3. Tirar os subsídios de Natal e de férias é uma quebra unilateral dos contratos existentes entre a entidade patronal, o Estado, e os funcionários públicos, o que configura um ilícito, porque não discutido entre o patrão e os representantes dos trabalhadores. O Estado desrespeita novamente a legalidade, mostrando que com governantes destes, não é pessoa de bem, e nem sequer confiável.
    Bjos da Sílvia

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