quinta-feira, setembro 29, 2011

CONFUSÕES CULTURAIS

A passagem da Cultura para uma secretaria de Estado, em vez de um ministério, ainda que sob a alçada do 1º ministro está a demonstrar ter sido um enorme erro.

A confusão parece estar instalada para os lados da Ajuda, onde as mudanças (fusões e extinções) demonstram claramente que não têm nenhum propósito de eficiência ou de melhoria do serviço público, mas apenas um puro aperto de orçamento.

Como um mal não vem só, a “entrega” dos Palácios Nacionais de Queluz e de Sintra à empresa pública Parques de Sintra (PSML) é uma trapalhada completa, sobre a qual não se sabe rigorosamente nada, começando pela razão dessa “entrega”, passando pelo destino a dar aos funcionários dos dois palácios, ou quanto ao “acordo” entre as duas partes, leia-se Secretaria de Estado da Cultura e PSML.

Nesta altura Francisco José Viegas está mais preocupado com o Congresso Internacional da Rota do Românico, onde se pronunciou para dizer que vai criar uma comissão mista para «fazer uma carta de intervenção dos locais onde cultura e turismo se cruzam». Claro que também vão falar de temas como a conservação e salvaguarda do Património antes do almoço de sexta-feira, no Mosteiro de Travanca, em Amarante.

Por Lisboa continua a polémica entre Joe Berardo e a Fundação CCB, sobre a existência de um “saco azul”, ou de uma quantia em dinheiro investido não se sabe muito bem onde. As duas fundações que partilham o CCB são financiadas pelo Ministério da Cultura, e não são as únicas.

Penso que seria útil que na audição que a Comissão Parlamentar de Educação, Ciência e Cultura vai ter com o secretário de Estado da Cultura, em Outubro, fosse abordado o assunto das fundações e outras empresas públicas subsidiadas ou comparticipadas pela SEC, porque se anunciam cortes para o sector, ainda que grande parte do orçamento vá precisamente para estas empresas sem o conhecimento dos cidadãos e até dos seus representantes na AR.

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Foto - Outono


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Humor - Idoso mas Vivo

2 comentários:

  1. Parece que alguém está a levar a sério o pedido feito por alguns europeus, feito à Grécia, de que se não tiverem dinheiro o melhor é venderem umas ilhas e uns monumentos.
    Lol

    AnarKa

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  2. Depois dos anéis eis que chegou a altura de irem os dedos...
    Bjos da Sílvia

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