quinta-feira, abril 14, 2011

IMPOSSIBILIDADE

O índice de poupança das famílias portuguesas, segundo a Universidade Católica, caiu pelo quinto mês consecutivo. Esta tendência já se verifica há mais tempo, pelo menos desde Junho de 2010, ou seja, início do Verão passado.

Os portugueses, ao contrário da ideia que tem passado, não são demasiado aventureiros quanto às finanças próprias, e eram ainda há uma década dos povos que mais poupanças faziam, tendo em conta os seus rendimentos.

A crise instalada, o aumento do desemprego, o congelamento dos salários acompanhado pela subida dos impostos, explicam a diminuição da poupança. Esta constatação serve para mostrar que se chegou ao limite da contenção para a grande maioria da população, e que mais medidas de contenção, sejam vinda pelo lado dos impostos sejam pelo lado dos cortes salariais, irão certamente afectar a subsistência de muita gente, e isso será perigoso para a segurança nacional.

Não podemos continuar a iludir a realidade da má distribuição da riqueza atirando para a frente com médias e estatísticas, porque as pessoas não são meros números e os estômagos não se enchem com palavras, nem os encargos se pagam com promessas.

Esperemos que haja consciência de que se pode poupar sem castigar de novo quem está mais vulnerável e sem deixar de lado uma política que crie mais emprego, senão todos perdemos.

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Humor - TGV para Falidos

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Foto - Primavera em Sintra
By Palaciano

3 comentários:

  1. Diz o povo, experiente nestas coisas ( infelizmnte) que a fome e o desemprego são maus conselheiros.
    As medidas recentemente tomadas já deram origem a manifestações pouco usuais em Portugal e temo que outras mais surjam se não forem tomadas medidas que conduzam à criação de emprego e à manutenção do mesmo por parte daqueles que o têm de modo a poderem cumprir obrigações familiares e outras já assumidas. Quanto ao aforro não vislumbro qualquer possibilidade de fazê-lo.
    Bem-hajas, Guardião!

    Abraço fraterno

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  2. Cada vem mais difícil...

    Sorriso:)

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