segunda-feira, janeiro 31, 2011

CURTINHAS

Ano do coelho – Com as medidas tomadas pelo governo, para debelar a crise económica e o défice excessivo, não admira que os portugueses comecem a ficar de olhos em bico e mais amarelinhos.  Preparemo-nos para o ano do coelho, que começa na próxima quinta-feira, e que é bom que comecemos a celebrar cá pelo rectângulo tal como já é feito há séculos lá pela China.

Superar a crise – Terminou mais uma reunião dos senhores do mundo (Fórum Económico), realizado em Davos, sem que tenham sido encontradas certezas sobre como superar a crise. Registe-se que depois de dois anos de ausência, os administradores dos grandes bancos reapareceram neste evento, depois de um breve período de nojo após o conhecimento público do buraco por eles criado por existir um mercado de capitais sem regras.

««« - »»»
Fotografia - Clássico
By GERRY GENTRY
««« - »»»
Humor - Músico sobre rodas

sábado, janeiro 29, 2011

RAZÃO INSANA

Se a loucura assombra a moralidade
O que direis da lúcida ambição?
É mais fácil prender-se a impunidade
Do que lançar-se a própria opinião.

Renego uma hipócrita realidade
Fruto da eterna subordinação
Pois no âmago da minha insanidade
Não há farpas de martírio e escravidão

Desta fúnebre vontade contida
Cresce a amargura do meu mundo imenso
Posto que a chama d´alma corrompida

Respinga gotas de sangue no lenço
E se a razão é o limite da vida
Desejo antes minha falta de senso.


Rosângela Aguiar

««« - »»»
Foto - Escada


««« - »»»
Humor - Moda Feminina

quinta-feira, janeiro 27, 2011

E O VALE TUDO...

Os cortes salariais que estão a ser praticados na função pública não atingem apenas os que auferem salários superiores aos 1.500 euros, como parece transparecer das notícias divulgadas pela comunicação social e pelos discursos dos responsáveis políticos, mas vai muito mais além e afecta quase todos os funcionários.

Talvez haja quem pense que estou a ser alarmista ou até exagerado, mas se atentarem bem ao que se segue talvez mudem de opinião, já que a prática actual já o demonstra.

Para o cálculo dos tais cortes os serviços adicionam ao salário bruto os subsídios, mais os abonos (excepto o de família) e o trabalho extraordinário, que no caso de atingirem um montante superior a 1.500 euros, ficam imediatamente sujeitos ao desconto. Os trabalhadores que trabalham por turnos e que façam algum trabalho extraordinário podem ser alvo de descontos com salários base bastante inferiores à tal quantia de 1.500 euros.

Não quero ser ave de mau agoiro, mas com a interpretação vigente neste mês de Janeiro, qualquer trabalhador com um salário base de 750 euros é também um alvo potencial desta medida do Governo, pelo menos em dois meses do ano, quando receber o subsídio de férias e o de Natal.

Apetece dizer que nos estão a meter a mão no bolso  à força toda, e ainda nos chamam parvos.

««« - »»»
Foto- O Pato

««« - »»»
Humor Televisivo

terça-feira, janeiro 25, 2011

BRINCAR COM O FOGO

Hoje ouvi uma pérola do pensamento de alguns empresários portugueses, que me deixou perfeitamente estarrecido, não só pela incongruência mas também pela absoluta falta de consciência e de decência do indivíduo.

A conversa rondava pelo tema da competitividade de dos custos do factor trabalho, em resultado da notícia de que o Governo pretenderia diminuir as indemnizações devidas aos trabalhadores em caso de despedimento sem justa causa, e portanto ilegal. O tratante, que até já fez uma perninha num governo há uns anos disse que “como já não temos o instrumento de desvalorização da moeda, a única solução viável para as empresas e para atrair investimento estrangeiro é a desvalorização do factor trabalho…”.

Já à noite ouvi a ministra Helena André a afirmar que se estava a “harmonizar as regras dos despedimentos” com os parceiros europeus, omitindo convenientemente que as regras, os direitos e os salários dos parceiros europeus são variadas e nos outros itens são desfavoráveis aos trabalhadores portugueses.

Começa a ser trilhado um caminho perigoso, em que a revolta começa a minar o campo laboral, que pode levar a uma explosão social a que muitos têm vontade de se juntar logo que ela desponte. Os governantes e o patronato irresponsável parecem preferir incendiar os ânimos, e serão os primeiros a ser visados quando a situação se deteriorar.
««« - »»»
Foto - Desafinar

««« - »»»
Humor - O Gato e o Rato
O gato quer subjugar o rato

domingo, janeiro 23, 2011

MODERNAÇOS SALOIOS

Quando há uns meses comentei em público que o famoso Cartão do Cidadão era uma farsa e que a maioria das funções que tinham sido anunciadas eram pura ficção, fui apelidado de retrógrado e inimigo da inovação e das novas tecnologias. As pessoas que me rodeavam eram licenciadas pelo que o reparo me custou mais a aceitar.

Nunca fui avesso às tecnologias, que aliás utilizo constantemente no meu dia-a-dia. Profissionalmente e mesmo em tempos de lazer. O único dispositivo a que sou algo avesso é o telemóvel, mas apenas pelo abuso que algumas pessoas fazem dele, incomodando-me com demasiada frequência sem razão plausível.

Voltando ao dito cartão, o do cidadão, veja-se a trapalhada que deu nestas eleições, chegando mesmo a forçar algumas pessoas a não votar, e obrigando outras a desesperar agarradas aos telefones e à internet para conseguirem alcançar os dados necessários para poderem cumprir o seu direito cívico, de votar.
O cartão até pode ser tecnologicamente avançado, e ter capacidades que facilitariam a vida aos cidadãos, em assuntos fiscais, na assistência médica e até no simples acto de votar, mas há um pormenor em que muitos não pensaram devidamente, e isso é altamente complexo: os dispositivos de leitura.

É tudo muito moderno, muito tecnológico, mas funciona pior que a alternativa simples usada anteriormente, logo, É UM BARRETE MODERNAÇO, MAS SALOIO!  

««« - »»»
Foto - Escadaria

««« - »»»
Humor - Tecnologia

sábado, janeiro 22, 2011

PESSOA

Sou um evadido.
Logo que nasci
Fecharam-me em mim,
Ah, mas eu fugi.


Se a gente se cansa
Do mesmo lugar,
Do mesmo ser
Por que não se cansar?


Minha alma procura-me
Mas eu ando a monte,
Oxalá que ela
Nunca me encontre.


Ser um é cadeia,
Ser eu é não ser.
Viverei fugindo
Mas vivo a valer.

««« - »»»
Fotografia -Tons de Vermelho

««« - »»»
Humor Malandrote
Bastão Frouxo
Upss...

quinta-feira, janeiro 20, 2011

ELEIÇÕES

Estamos à beira de mais um acto eleitoral, desta vez para a presidência da República. Há diversos candidatos, eu diria que os há para quase todos os gostos.

A campanha decorreu como é habitual, com as picardias do costume, e com as revelações dos casos mais cabeludos em que os candidatos mais conhecidos estariam envolvidos. A disputa foi essencialmente baseada em aspectos de carácter e muito pouco virada para o campo das ideias e dos princípios, onde apenas os menos bem colocados nas sondagens pontuaram.

Por falar em sondagens, que valem o que valem, pelo menos até ao fecho das urnas, o que tem vindo a público com as mais variadas disparidades, apenas as desacredita.

O putativo vencedor, logo à primeira volta, é talvez o candidato que mais tiros tem dado nos pés, sendo que umas vezes diz ser ainda presidente e outras apenas mais um candidato, consoante se exima a responder a questões ou quando lhe apetece dizer umas coisas. Cavaco Silva, o mesmo que assina o que lhe é proposto pelo governo, como os cortes salariais, é também o candidato que os considera injustos.

Eu vou exercer o meu direito cívico, mas não me revejo em nenhum dos candidatos, pelo que a minha decisão ficará entre o voto em branco e o voto nulo. Espero que todos os que me lêem exerçam também o seu direito e que votem em consciência.
««« - »»»
Foto - Zínia

««« - »»»
Descascar o Humor

quarta-feira, janeiro 19, 2011

PREÇOS DOS COMBUSTÍVEIS

Os preços dos combustíveis em Portugal atingiram mais um máximo histórico, ainda que os preços do crude estejam apenas a 2/3 do seu máximo de há uns anos atrás.

Não me interessa sequer discutir os preços praticados pelo único refinador nacional, ou o dos revendedores mais importantes em território nacional. Pouco importa também discutir o facto de a Galp estar implantada em Espanha e estar a praticar lá preços bastante inferiores.

Falem dos impostos cobrados pelo Estado nos combustíveis e nem assim me convencem que as coisas tenham mesmo que ser assim, porque corremos o risco de tornar este país inviável, não importa qual seja o esforço que façamos.

Se o preço dos combustíveis refinados está demasiado alto, o governo podia aliviar os impostos, sem perder nada com a medida. Analisando o factor competitividade, quanto maior for o custo dos combustíveis, sempre reflectido no produto final, menor será a competitividade.

Se existem estes factores prejudiciais à economia em geral, há também um outro que afecta não só a economia mas também os cidadãos no seu conjunto, que é a perda geral do poder de compra que resulta da diminuição efectiva dos salários, que tem outros reflexos e acarreta enormes problemas sociais que já começam a desenhar-se.

APELO: NÓS PODEMOS MUDAR UM POUCO AS COISAS, DEIXANDO DE ABASTECER NA GALP E NA BP SEMPRE QUE POSSÍVEL.

Pode ler também ISTO
««« - »»»
Foto - Ruína

segunda-feira, janeiro 17, 2011

OS DADOS PESSOAIS

O acordo de troca de dados pessoais entre Portugal e os EUA está a levantar polémica o que é salutar em Democracia. Os protestos do Governo, segundo o qual não há no acordo nada que fira a Constituição, não convencem boa parte dos cidadãos nacionais.

O executivo assinou o acordo sem o colocar em discussão pública, nem o apresentar ao escrutínio da Assembleia da República, o que não é um sinal de boas práticas, já que não tem o aval de ninguém.

Os termos do acordo não são conhecidos e ninguém consegue esclarecer se os dados pessoais “fornecidos” aos EUA são apenas sobre indivíduos referenciados por práticas de crimes, ou se pelo contrário são sobre todos os cidadãos portugueses independentemente de terem ou não cadastro criminal.

As afirmações conhecidas sobre os suspeitos de terrorismo são demasiado vagas e não passam de uma cortina de fumo, que não nos deixa esquecer que a União Europeia colocou bastantes reticências às intenções dos EUA, que redundaram nesta negociação estado a estado que com o governo que temos, inábil negociador, é preocupante demais para que haja confiança por parte dos portugueses.

««« - »»»
Foto - Limão Amarelo

««« - »»»

Desenhos da Actualidade
Brasil por Fernandes
Brasil por Fernandes
1.100

sexta-feira, janeiro 14, 2011

BRECHT

Louvor do Revolucionário

Quando a opressão aumenta
Muitos se desencorajam
Mas a coragem dele cresce.
Ele organiza a luta
Pelo tostão do salário, pela água do chá
E pelo poder no Estado.
Pergunta à propriedade:
Donde vens tu?
Pergunta às opiniões:
A quem aproveitais?

Onde quer que todos calem
Ali falará ele
E onde reina a opressão e se fala do Destino
Ele nomeará os nomes.

Onde se senta à mesa
Senta-se a insatisfação à mesa
A comida estraga-se
E reconhece-se que o quarto é acanhado.

Pra onde quer que o expulsem, para lá
Vai a revolta, e donde é escorraçado
Fica ainda lá o desassossego.

Bertold Brecht, in 'Lendas, Parábolas, Crónicas, Sátiras e outros Poemas'
Tradução de Paulo Quintela

««« - »»»
Foto - Iluminação
By Palaciano

««« - »»»
Humor Negro

quarta-feira, janeiro 12, 2011

PENSAMENTO

O homem chega à sua maturidade quando encara a vida com a mesma seriedade que uma criança encara uma brincadeira.
Friedrich Nietzsche
««« - »»»
Fotografias e Natureza
By Palaciano

By Palaciano
««« - »»»
Humor no Trânsito

segunda-feira, janeiro 10, 2011

A ATRACÇÃO DO PODER

A situação económica do país é simplesmente péssima e cria a oportunidade de mudança do poder com eleições para a Assembleia da República (AR). Elas são possíveis em pelo menos duas condições, sendo que uma pode resultar da demissão do governo, e a outra demissão da AR por parte do futuro presidente da República.

Não me parece provável que o governo pretenda apresentar a demissão, porque Sócrates está agarrado à cadeira porque sabe que se de lá sair vai ter uma vida muito difícil e inúmeros problemas com a justiça. Mais provável é a hipótese de haver uma dissolução da AR e novas eleições.

O único problema que está na mente dos dois maiores partidos, é que sabem que qualquer novo governo ficará sujeito às ordens do FMI, e por isso a atracção do poder é comedida, e srá sempre condicionada por uma ampla coligação governativa, muito provavelmente mediada pelo PR.

Arcar com as responsabilidades pelos apertos e pelas dificuldades do país, é que é coisa que nem PS nem PSD estão dispostos a arcar. Os dois partidos que passaram pelo governo em mais de duas décadas, anseiam pelo poder, mas enjeitam toda e qualquer responsabilidade, o que tem sido uma constante.

««« - »»»
Foto - Calçada de Lisboa
««« - »»»
Humor e Tacho
Quem tem medo do FMI?

domingo, janeiro 09, 2011

A CREDIBILIDADE

Um dos maiores problemas da economia nacional é a credibilidade, ou falta dela, que os nossos políticos têm conseguido inspirar nos mercados internacionais. Nos negócios a confiança ganha-se quando existe um rumo claro definido e quando se segue uma estratégia para alcançar os resultados estabelecidos.

Em Portugal tivemos nas últimas décadas governos que pautaram a sua actuação por estratégias de curto prazo, beneficiando empresas e negócios com lucros imediatos, sem produzir qualquer valor acrescentado. Os sectores que podiam satisfazer as necessidades de consumo interno ao nível alimentar, por exemplo, foram destruídos em troca de fundos estruturais esbanjados em betão e alcatrão.

Gerir um país com o apoio de verbas substanciais como já aconteceu por cá, é fácil, o que é mais difícil é acautelar o futuro e a sua sustentabilidade, e aí falharam os sucessivos governos.

Quando as coisas se deterioraram e o crédito se tornou mais difícil, começaram a ser evidentes as fragilidades, e foi ver os responsáveis políticos a atirar as responsabilidades uns para os outros. Enquanto internamente a discussão se centrava no alijar das responsabilidades, o discurso oficial, para fora, era o da confiança de que tudo se ia fazer para inverter a situação.

Dos discursos às realidades vai uma distância considerável, e o tecido empresarial que sempre viveu à sombra do orçamento de Estado e do poder político, não é de modo nenhum capaz de produzir bens passíveis de ser exportados, nem de produzir os bens essenciais para suprir as necessidades básicas do país.

Lá fora ninguém acredita que possamos equilibrar a balança de pagamentos no curto e médio prazo, nem que os partidos que têm partilhado o poder nestas décadas possam mudar radicalmente as suas actuações, deixando de suportar as suas clientelas. Os mercados são oportunistas e a política nacional já demonstrou cabalmente que não consegue mudar de vida, pelo que a sua credibilidade é nula. Por mais que se façam agora juras, ninguém está disposto a acreditar.

Pode ler também ISTO e ISTO

««« - »»»
Foto - Rosa Molhada

««« - »»»
Humor e Idade

sexta-feira, janeiro 07, 2011

REPETIR A MENTIRA

Diz-se que uma mentira repetida muitas vezes acaba por se transformar em “verdade”, mas isso acontece apenas quando as pessoas estão dispostas a acreditar em qualquer coisa.

Durante vários anos e pela boca de muitas pessoas, disse-se que o Estado em Portugal era um monstro e que acabaria por dar cabo do país. Alguns governantes falaram das “gorduras” do Estado, e afirmaram que o iriam “emagrecer”.

A verdade porém é só uma, e muito do que diz é uma mistificação. Comecemos por Cavaco Silva, o tal que chegou a falar do “monstro”, e temos que foi durante os seus governos que o Estado mais “engordou”, mas também podemos falar de José Sócrates, e do nascimento de fundações a cada doze dias.

O Estado, com muito mais funções do que hoje tem, antes de Cavaco Silva, não era tão “gordo” nem consumia os quase 50% do PIB. Mas também não são os tais 50% do PIB que se podem gastar com o funcionamento do Estado, que importam muito, porque os países mais avançados da Europa e com os melhores sistemas de segurança social até gastam mais, só que gastam melhor.

O que “engorda” o Estado é o modo como se gastam os dinheiros, como se criam estruturas apenas para colocar clientelas políticas, e como se criam outras para fintar a fiscalização prévia do Tribunal de Contas, e as regras dos concursos públicos e admissões.

Porque é que PS e PSD não estão interessados em acabar com as fundações sem qualquer interesse, os institutos públicos que sejam desnecessários e as empresas públicas e municipais que apenas serviram para substituir serviços que antes eram da responsabilidade dos ministérios e de câmaras municipais? Acabavam-se milhares de lugares de administradores, e outras chefias hoje ocupados por pessoal de confiança dos partidos que passaram pelo governo!   

««« - »»»
Fotografia Invernosa

««« - »»»
Humor - Evolução Religiosa
 1094

quinta-feira, janeiro 06, 2011

AGIOTAGEM

um
dois
três
o juro: o prazo
o pôr / o cento / o mês / o ágio
p o r c e n t a g i o.


dez
cem
mil
o lucro: o dízimo
o ágio / a mora / a monta em péssimo


e m p r é s t i m o.


muito
nada
tudo
a quebra: a sobra
a monta / o pé / o cento / a quota


h a j a   n o t a
agiota.

Mário Chamie

««« - »»»
Caricaturas de Famosos
The Rolling Stones by Pouria Hadizadeh

Woody Allen by Pouria Hadizadeh

quarta-feira, janeiro 05, 2011

NÃO VOTO NELES...

Já nos cortaram nos vencimentos, já nos aumentaram os impostos, já nos cortaram nas reformas que um dia iremos receber, já cortaram as comparticipações nos medicamentos, já nos lixaram algumas regalias sociais, e parece que decidiram não parar por aqui.

O PS que está neste momento no poder, e o PSD que é o maior partido da actual oposição, já anunciaram que os apertos de cinto podem não ficar por aqui, e que estão dispostos a cortar mais caso o défice não baixe dentro do prazo previsto.

Vamos pagar as falcatruas do BPN e as do BPP, e vamos pagar a manifesta incompetência de quem nos tem desgovernado nesta últimas décadas. O que mais me admira é que ainda há portugueses que se resignam e que ainda acham que com os mesmos partidos e com os mesmos protagonistas, poderemos inverter esta situação de penúria.

Agora vamos ter uma eleição para se escolher o futuro Presidente da República, e passados alguns meses, tudo o indica, teremos que escolher um novo Governo, e nessas alturas eu espero que o povo saiba escolher, ou então que saiba expressar o que sente, ou votando noutros diferentes, ou então que vote nulo ou em branco, mostrando assim que não está mais disposto a retornar a este pantanal de ideias onde se movem sempre os mesmos protaginistas e os mesmos interesses.

««« - »»»
Humor em Tiras
Sergio Aragonez

terça-feira, janeiro 04, 2011

ATÉ CEUTA FOI UM FRACASSO

A conquista de Ceuta, em 1415, é geralmente considerada como o primeiro passo da epopeia dos descobrimentos. Discutem-se ainda hoje as causas desta aventura considerando-se as razões económicas, políticas e religiosas.

Se a conquista daquela praça-forte do norte de África foi um feito militar que terá tido alguns efeitos imediatos no ânimo que parece ter incutido ao país, isso não significa que em si mesmo tenha sido um feito muito lucrativo.

Na realidade não consta que economicamente o reino tenha beneficiado com esta conquista, porque as rotas dos mercados mudaram para outras cidades da zona, e a manutenção da soberania sobre a cidade passou a ser um enorme fardo económico.


««« - »»»
Foto - Maçã de Vidro

««« - »»»
Humor e Consumismo
Sociedade de consumo

domingo, janeiro 02, 2011

2011

Começou um novo ano, e depois dos festejos com a família e amigos, importa agora ter uma ideia do que nos espera para não sermos surpreendidos pelos acontecimentos que nos esperam.

O país está de pantanas, não só a nível económico, mas sobretudo aos níveis da política e da justiça. Na política temos um verdadeiro pântano, que justifica o descrédito com que os portugueses encaram os seus governantes e as mais importantes instituições do que chamamos democracia. Na justiça também não estamos melhores, e o que ressalta à vista é a impunidade de quem mais prejudica os outros e o país em geral.

Chegados a esta situação, temos que, ou mudamos o sistema que nos conduziu até cá, ou o sistema acaba com o país.

Podem julgar que eu esteja a ser demasiado radical na minha apreciação, mas a realidade é só uma, e não há volta a dar-lhe. Os candidatos que temos para assumir os mais altos cargos da nação, os mais bem colocados segundo as sondagens, são pessoas que estão há muito tempo dentro do sistema vigente, que se rodeiam dos mesmos que sempre lá estiveram e advogam as mesmas políticas que deram esta péssimo resultado.

Romper com o status quo é difícil e será doloroso, mas é a única via para se tentar construir um futuro melhor para este desgraçado país. Há outra atitude possível, que é continuar a assistir ao descalabro da nação, esperando que chegue um qualquer D. Sebastião!


Pode também gostar de ler ISTO ou ISTO

««« - »»»
Pintura e Desenho
by hkseo100
by hkseo100
««« - »»»
Monstros da Bola
By Mahesh Nambiar