quinta-feira, novembro 05, 2009

A MINHA INCREDULIDADE

Estando a corrupção na ordem do dia são mais do que muitos os comentários e falatórios que se ouvem por aí e se lêem na imprensa. O comentário que agora começa a ser habitual e dado como verdade adquirida é de que “os portugueses são bastante tolerantes perante a pequena corrupção”.

É fantástico que agentes da Justiça, politólogos e comentadores reputados encham a boca com tamanho disparate, para logo de seguida justificarem o fiasco que é a falta de punição dos grandes corruptores e corrompidos. Já há quem diga até que a complacência do povo faz com que a Justiça não funcione correctamente e os facínoras se sintam cada vez mais impunes.

O povo se pudesse castigar os bandidos que roubam desalmadamente, actuaria severamente e descontroladamente por estar farto de ser roubado. Confundir a tolerância perante a “cunha” e outros tipos menores de corrupçãozinha, que na lei até têm nomes diversos, com o roubo desalmado e o tráfico de influências em altas negociatas é como confundir a árvore com a floresta.

Como costumo ser politicamente incorrecto, apetece-me exagerar um pouco as teorias de Saramago, esperando não ser acusado de ser intelectualmente desonesto, e dizer que se deviam interpretar literalmente algumas passagens bíblicas (Antigo Testamento) e aplicar a Lei de Talião (lex talionis) nestes crimes de alta corrupção.



Imagem de Henrique Monteiro

GripeA por Henrique Monteiro

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Foto - Realismo
Look the eyes por lobices

4 comentários:

  1. Posso assinar por baixo?
    Um abraço

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  2. Aplicar-se e celeremente!

    Saudações do Marreta.

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  3. E assim vamos andando neste paraíso onde reina sua alteza real, a impunidade. O pequeno delito é severamente punido mas a alta corrupção continua a passear-se sem que algo se abata sobre ela. Onde anda a justiça que tão inoperante tem vindo a mostrar-se?

    Bem-hajas!

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  4. Quanto mais corrupto, mais esperto. Quanto mais esperto, mais competente. E assim o nosso povo vai fazendo as suas escolhas!...
    Coitada da Fátima Felgueiras, afinal o seu caso não era assim tão grave: perdeu as eleições!...
    (Estou a fingir-me morto? Não sei! Estou a ponderar outras formas! Fui atacado/descoberto por vizinhos e não gostei!)
    Um abraço ao Guardião

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