segunda-feira, outubro 27, 2008

LIGEIRINHO

Quando estamos a conversar entre amigos, num domingo quente de Outono, com umas loirinhas à frente e uns petiscos prontos a marchar, o mais natural é que a conversa seja leve e pontuada por algum humor.

Uma conclusão que foi consensual à mesa, foi o apoio claro dado à banca e às empresas por parte do Estado, que não teve igual reflexo no apoio ao cidadão comum que trabalha por conta de outrem. Os bancos vão livrar-se dos papéis tóxicos e podem ganhar assim alguma liquidez, compensada pelo recurso ao crédito com o aval concedido, e as empresas vêem aberta linhas de crédito para investimento, mesmo as pequenas e médias empresas porque a própria UE também disponibiliza fundos que se podem aproveitar.

O cidadão comum, que enfrenta dificuldades em enfrentar a alta do custo de vida, não vê nenhum alívio no IRS, no IVA e no ISP, o que não augura nada de bom para o ano de 2009.

Não julguem que na mesa não havia nenhum socialista, porque havia, e embora não seja um apoiante de José Sócrates, lá atirou para a discussão os aumentos da Função Pública e do salário mínimo, assuntos que trouxeram uma pitada de humor à conversa.

Todos, concordaram que os portugueses tinham muito a ganhar com eleições mais frequentes, porque rebuçados destes só acontecem em ano de eleições.

Teremos sido injustos com o Governo, ou terá sido esta uma conversa que, mais coisa menos coisa, se repete nas conversas informais que os portugueses têm quando se encontram e se discute política de forma ligeira e descomprometida?



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8 comentários:

  1. Se é uma questão salvação nacional que dêem dinheiro à banca mas que crucifiquem os banqueiros.
    Só que, ignorante que sou na coisa económica, não percebo como é que não havia dinheiro para nada, nem para os pobres, e de repente aparece dinheiro a rodos para os bancos! Alguém me consegue explicar isto?
    Um abraço e um conselho: evita jantares com xuxalistas se queres manter este blogue.

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  2. Caro Pata Negra
    O Zeca até é um tipo curtido, e como todos nós tem defeitos (ele é míope), mas faz falta na tertúlia, porque acaba sempre por ser o saco de pancada dos galhofeiros. Já agora mais um segredo, ele tem uma adega que faço questão em visitar com frequência, e mais não revelo, senão comprometo o S. Martinho.
    Cumps

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  3. Guardião
    Secalhar frequentamos as mesmas adegas sem sabermos - é melhor não revelares muito!
    Um abraço chateado: a água pé do meu piparote de 2 almudes e meio, virou!

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  4. curiosamente eu acho que o prazo de eleições devia ser mais alargado...

    boa semana..

    Gato Fedorento ou Contemporâneos?

    vote no meu blogue!

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  5. Ora bem, e respondendo ali à dúvida do PATA NEGRA, o Estado só prometeu que avalizava; não disse como e quando pagava!

    Isso depois será outro problema; às tantas ainda vai justificar a criação da tão famosa e famigerada taxa do multibanco!

    Quanto ao resto, caríssimo GUARDIÃO o que interessa manter é o espírito da tertúlia.

    Eu costumo banquetear-me uma vez por mês com mais quatro amigos (dois até são autarcas, um no poder e o outro na oposição, três são membros de órgãos concelhios e federativos do PS, e o outro é como é, militante de base e funcionário de uma autarquia) e aquilo é um terror ... de má língua contra as sinecuras e o aparelhismo local e regional!

    Ah, antes que me esqueça, bem vi que já o tem mas lá pelo NOTAS voltamos a dar-lhe o DARDOS!

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  6. se calhar por esse país discute-se as mesmas questões, o problema é que lá para 2009 muito irão esquecer o que disseram, acredito que o amigo não esqueça eu também não esquecerei.

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  7. Guardião
    Façam-se eleições ano sim ano não.
    No ano "não" dão rebuçados para caçar votos. No ano "sim" dizem que não conheciam toda a realidade do País e por isso toca de retirar o que deram no ano não. Mas como o ano "não" viria logo a seguir...

    Relativamente aos Bancos vamos aguardar para ver. Porque não acredito no milagre das rosas (nem das laranjas).

    Abraço

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  8. Injustos estão a ser estes gajos connosco... Mais que injustos... estamos fartos disto.
    Abraço

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