terça-feira, junho 03, 2008

O CLUBE DE BILDERBERG

Já tenho recebido uns quantos mails “interessantes”, ora desancando-me com a classificação de “vermelho”, outros com insultos muito variados, e até alguns bem estruturados, tentando fazer-me ver que estou enganado e que a minha atitude é contra procedente e que me pode acarretar alguns dissabores.

A última investida, por incidir sobre comentários meus, deixados noutros blogues e não sobre textos por mim publicados aqui, fez com que eu fizesse questão de deixar n’O Guardião este comentário.

Para começar não me acho particularmente digno de tanta atenção, já que o autor dos mails teve um trabalhão para coligir as minhas afirmações. Depois, porque acho que o autor dos diversos textos (pelo menos 3), demonstra ser uma pessoa inteligente, que portanto não se devia ter admirado (nem indignado), por eu ter afirmado que o poder político está cada vez mais dependente do poder económico, o que para mim é mais do que evidente.

Nunca abordei aqui, directa ou indirectamente o Clube de Bilderberg, e que me recorde só comentei algo sobre clube em dois ou três blogues que visito com alguma regularidade. Não sou uma pessoa mal informada, como se pode deduzir dos referidos mails, e tenho seguido com alguma curiosidade as movimentações conhecidas deste grupo, e os portugueses convidados para as suas reuniões.

Nesta altura muitos portugueses já terão sabido que os últimos convidados foram António Costa e Rui Rio, presidentes das câmaras de Lisboa e Porto, um do PS e o outro do PSD. Alguns podem não estar recordados, mas em 2004 tinham sido convidados José Sócrates e Santana Lopes, também eles de partidos diferentes. Muitos outros políticos como Mira Amaral, Joaquim Ferreira do Amaral, António Barreto, António Borges, Durão Barroso, Roberto Carneiro, António Guterres, Manuel M. Carrilho, Marçal Grilo, e alguns mais, também são referidos como tendo tido contactos com este grupo de reflexão restrito do mundo empresarial e político.

Eu não costumo ver fantasmas onde os não há, mas é sintomático que este clube, bem como os seus membros, mantenham um sigilo absoluto sobre as suas reuniões e sobre os assuntos abordados. Quais os intentos dos homens mais influentes do mundo quando se reúnem anualmente?

Aconselho vivamente a leitura do livro de Daniel Estulin, intitulado Clube de Bilderberg – Os Senhores do Mundo, que dá umas pistas sobre este grupo. É edificante!


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10 comentários:

  1. Sim senhor, o Guardião tem um fã que lhe le os escritos, analisa e lhe manda uns mails.

    Assim vale a pena, os que recebo são mais rústicos e ameaçadores.

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  2. Então mas ainda haverá alguém por mais ingénuo que seja que não acredite que o poder político está subjugado ao poder económico e que este dita as regras mundialmente?
    Os profetas do século XXI são os Bilderbergs e a promiscuidade nos centros decisórios entre estes dois poderes é tão óbvia e transparente quanto a água mais pura do ribeiro.
    Saudações do Marreta.

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  3. As sociedades secretas sabem bem porque é que o são, e não é por coisa boa, por certo.
    Lol

    AnarKa

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  4. Bom post.
    O livro é interessante e muito elucidativo.
    Há outras organizações paralelas, A Trilateral, a Maçonaria e a Opus Dei que pretendem ter influência decisiva na condução da humanidade.
    A solução para eles vai ser facilitada pela engenharia genética, pois pretendem ter uma minoria, a elite, dominadora e a puxar os cordelinhos de uma central, base de dados, que controla tudo e todos no bom estilo do Big Brother (George Orwell, 1984, e o resto da população terá um cérebro reduzido, por forma a se entreter a obedecer e desempenhar tarefas que lhe são impostas.
    Boas perspectivas para os vindouros, não são???

    Abraços
    A. João Soares

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  5. Tenho uns documentários desses senhores, realmente o seu poder é abissal, sempre haverá grupos destes nesta sociedade, o problema é que levam a nosso mundo à destruição e não à evolução. Já que vem o interesse da sua riqueza acima de tudo.

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  6. Num teatro de marionetes, distraimo-nos a ver as ditas não enxergando nunca quem as manipula.
    Admirado

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  7. O Jeremias é muito mais interessante que essa seita secreta, e bem menos perigoso, estou em crer.
    Bjos da Sílvia

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  8. Guardião
    Eu sinceramente não entendo que, num país democrático e plural, haja quem se ofenda por alguém comentar ou manifestar as suas opiniões sejam elas conotadas com este ou com aquele partido.
    Vou confessar-te que desconhecia a existência do Clube de Bilderberg e gostei de receber a informação que transmitiste. Obviamente que cada um lê as coisas com os olhos que tem e na base do que acredita.
    Abraço

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  9. O clube existe e é poderoso, pena é que só se ouça falar nele na blogosfera, porque será?
    Por uma razão simples, é que ele é de facto muito poderoso!
    Um abraço sem secretismos

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  10. De facto, já tinha ouvido falar deste Clube de Bilderberg, em vários e, provavelmente, variados locais, dos quais não me recordo agora. Será já esta minha reacção - de cidadão interessado, mas comum - um dos objectivos de uma espécie de "lançar poeira" sobre algo verdadeiramente poderoso, que não se pretende ver muito exposto? Ou então, talvez, apenas um bocadinho exposto?
    Confesso que adorei ler O Último Papa, de Luís Miguel Rocha (Ed. Saída de Emergência, 2ªed., Outubro de 2006, Parede(?!)), e fiquei a aguardar com expectativa a continuação, prometida mas, até agora, pelo menos, não concretizada. Deliberadamente?... Recomendo vivamente!
    Por outro lado, a dada altura resolvi mesmo adquirir Clube Bilderberg: Os Senhores do Mundo, de Daniel Estulin (Ed. Círculo de Leitores, a que procurava), e fui à FNAC do Fórum de Almada para adquiri-lo. Logo por azar, o livro estava esgotado naquela loja e pedi-lhes que mo encomendassem. Encomendaram-no, via net, e, quando voltei dentro do prazo combinado, estava esgotado! Só podiam encomendar-me uma edição em castelhano, o que não me apeteceu, porque sou português, vivo em Portugal e não tenho que ler um livro normalíssimo - ao que parece... - na língua do Cervantes, dispondo eu da Língua do Camões na minha própria cabeça!
    (Diga-se, por curiosidade, que a minha avó materna era espanhola - nascida na cidade argelina de Oran, sob administração colonial francesa, na época - e nunca se conseguiu "habituar" a falar português. Para ela, "cá-bê-lê-i-rê-i-ro" era uma palavra muito difícil de dizer e escrever, comparada com a equivalente castelhana "peluquero", imagine-se!)
    Para concluir, recomendo vivamente a leitura de O Homem Que Era Quinta-Feira, do britânico conservador Chesterton, para quem a existência de uma tenebrosa organização anarquista - dirigida por Domingo - era criação de um conjunto de poderosos gentlemen britânicos, encarregues de desacreditar a causa anarquista, através da sua própria acção anarquista!!! (Destinada ao fracasso, bem entendido...)
    Não me estendo mais, para concluir que, com este arrazoado, pretendo dizer que acho importantíssimo conhecer todos os "bilderbergues" deste mundo, desde o Gates até ao Amorim, passando por personagens menores, como o Berlusconi e o Sócrates!

    Um abraço anarquista

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