quinta-feira, março 06, 2008

CRIMINALIDADE

As estatísticas apresentadas dizem-nos que a criminalidade violenta diminuiu no último ano, em comparação com o anterior, mas por alguma razão isso não se reflecte no estado de espírito dos portugueses.

Os números não passam disso mesmo, números, e a realidade que decorre perto de nós influi muito mais na nossa opinião do que todos os dados estatísticos com que nos acenam. Quase todos conhecemos alguém que já foi vítima de furtos, de agressões e de ameaças, mas na grande maioria dos casos sabemos que os meliantes saíram impunes, que os nossos conhecidos ficaram com os prejuízos ou mazelas, e alguns até gastaram dinheiro e tempo inúteis pois os crimes ficaram impunes.

Isto que os cidadãos sentem, é sobretudo a frustração de saber que há muito crime sem castigo, mesmo quando aos nossos olhos a culpabilidade dos criminosos que são apanhados é mais do que evidente. A Lei por vezes assim não conclui, ou decide por penas suspensas ou demasiado leves.

Juntando as más experiências e alguma falta de confiança na Justiça, o cidadão comum sente-se naturalmente inseguro, e pelo contrário os maus elementos vão tomando consciência de que mesmo quando são apanhados as penas são leves, vão recorrendo cada vez mais a actos mais violentos.

Enquanto se endurecem as leis e a vigilância sobre quem fuma, ou sobre quem utiliza a mesma faca de cozinha para cortar diversos alimentos nos restaurantes, os criminosos verdadeiramente perigosos andam por aí, matando e roubando, ostentando armas melhores do que as da polícia, carros também mais potentes, e melhores meios de comunicação.

Os últimos acontecimentos podem até ser poucos, mas foram demasiado violentos, levando-nos a pensar que a criminalidade menos violenta com punições demasiado leves, talvez tenham subido um degrau e agora talvez estejamos a pagar as consequências disso mesmo.

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8 comentários:

  1. Estatisticas à parte, a verdade é que a insegurança reina. Eu, pelo menos, ando um bocadinho paranoica! Regresso a casa por volta das 20h e sempre que vejo alguém a vir atrás de mim, ponho-me sempre a olhar por cima do ombro e acelero o passo ao máximo! É triste vivermos assim...

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. José
    Não percebi se a música tinha alguma relação com o texto sobre a criminalidade, «somos os campiões»?
    Bjos da Rita

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  4. Guardião!
    Mais triste que este sentimento de impunidade é o sentimento de "apathea" que perpassa na sociedade!
    Belo texto.
    Abraços.

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  5. mais uma vez depende de quem lê as estatísticas, mas mais que números, mais importante seria o que pensam os cidadão e aquilo que querem ver melhor, impingir números não enche a barriga do povo, o povo quer é sentir -se seguro.

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  6. as políticas desculpabilizantes e mentirosas manipulam os números como querem.
    Todos nóes sentimos que acriminalidade, seja mais violenta ou de pequenos delitos, tem aumentado a olhos vistos.
    aliás, o contrário seria contra natura num país onde o desemprego e o sub-emprego aumentam e onde a protecção ao cidadão nem se vislumbra.
    Há mais de dois meses que não vejo um polícia na rua.
    Estarão todos de baixa ou foram incorporados nas brigadas sinistras da nova polícia de costumes?

    Cumprimetos.
    Jorge G.

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  7. Não sei onde iremos parar. As policias têm que actuar e já!
    Um Abraço

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  8. Guardião
    Isto está muita bãoooo!.. Eu é que sou burra e não vejo mas os números do nosso Primeiro dizem que:
    desemprego diminui e criação de empregos aumenta, criminalidade diminui,pobreza diminui,o SNS melhorou substantivamente, as medidas sociais multiplicam-se.
    Guardião, eu estou muito preocupada porque estou de certo muito doente, não vejo nada disto. Conheces uma clínica onde me possa tratar? É que não vejo mesmo nadinha!...
    Um abraço cegueta

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